Entre os dias 20 e 31 de Dezembro ocorre o 'JUL' - Celebração do ano novo nórdico, comemorado pelos Asatrús. Trata-se de um festival de 12 noites. É o mais importante de todos os festivais para os seguidores dessa filosofia. Na noite de 20 de Dezembro, o Deus Wotan (Odin) viaja pelo céu com seu cavalo de oito patas, Sleipnir. Nos tempos antigos, as crianças germânicas e nórdicas deixavam suas botas na janela cheias de açúcar para o cavalo Sleipnir. Em retribuição, Odin deixava um presente como gentileza. Nos tempos modernos, Sleipnir foi transformado nas renas e Odin (que é caracterizado como um senhor gordinho de longas barbas) acabou virando o simpático Papai Noel. Até hoje existe uma estátua de Odin na Noruega, que a Igreja acabou transformando na estatua de "São Nicolau".Depois de ler esse texto, fui pesquisar no google, e olha só o que encontrei, além de ter muito mais...
UM POUCO MAIS SOBRE O NATAL NORUEGUÊS
Tradiçoes natalinas na antiga Noruega...
O Natal é cheio de tradições, cerimônias e costumes baseados, em parte, em várias culturas antigas que permanecem até os dias atuais. Velhos e jovens, amigos e família se unem ainda mais por meio de várias semanas de festividades. Nós nos tornamos mais refletivos e atenciosos.
Antigamente, Natal era um banquete que acontecia durante o inverno (Yule)- um festival de luzes marcando a transição do inverno sombrio para primavera e verão. O natal era um tempo de celebrar a colheita, fertilidade, nascimento e morte.
Em 1.900 o Rei Haakon I decidiu que o costume pagão de beber Jul (yule) deveria ser mudado para 25 de dezembro, em honra ao nascimento de Jesus Cristo. Gradualmente, o banquete pagão foi se tornando cada vez mais cristão. O nome Jul foi conservado, mas o feriado foi dedicado a Jesus Cristo. O natal é, deste modo, uma mistura de festa pagã antiga e tradições cristãs mais modernas.
Hoje, o natal é a celebração mais popular do ano na igreja cristã e para famílias e amigos.
Natal nos velhos tempos...
As preparações para o natal eram extensas. Tudo, desde fazer os presentes de natal a sacrificar o animal a ser comido deveria ser feito em casa. As fazendas eram auto-suficientes, e esperava-se que os animais sacrificados antes do natal durassem o resto do ano. Em fazendas norueguesas maiores, cinco a seis porcos, sete a oito ovelhas, duas vacas e um par de bezerros eram mortos. A data para o sacrifício variava, mas a melhor época era antes do solstício de inverno, na lua nascente. Os fazendeiros acreditavam que a carne era melhor e iam além, se o sacrifíco fosse realizado numa boa hora. As mulheres eram responsáveis por preparar o banquete do inverno e preparavam a maior parte da comida. Os homens faziam o trabalho pesado, como cortar madeira, afiar facas e cortavam as carnes. A maior parte era salgada e curada, e o restante era lacrado hermeticamente com uma camada de gordura. Nada se perdia - depois do corte da carne era hora de fazer velas e sabão com a gordura. As crianças esperavam ansiosamente a comida ficar pronta, da mesma maneira que fazem hoje. Pão, pão de fôrma, lefse e pelo menos sete tipos de biscoitos doces eram assados. Depois que a cerveja era fabricada e o corte da carne e o assado preparados, a família trabalhava em conjunto para limpar a casa inteira. Tudo precisava estar limpo e brilhante para a celebração. Os homens cortavam e traziam para dentro de casa madeira suficiente para durar o feriado inteiro. Os ramos de aveia eram postos do lado de fora para os pássaros, porque as famílias acreditavam que, se os pássaros cantavam e gorjeavam ruidosamente, seria um bom ano. No celeiro, os animais recebiam um pouco de feno extra e alimentação.
Religião...
A porta do celeiro era marcada com uma cruz para manter afastados os espíritos do mal, e a cruz era também usada como decoração no pão, na manteiga ou no teto acima da mesa do natal. Os cardápios variavam de distrito para distrito, mas em toda parte a mesa era cheia da melhor e mais gostosa comida que a casa pudesse oferecer. Todas as pessoas que viviam na fazenda - empregados, família e convidados - comiam o jantar de "natal" juntos. Freqüentemente as mulheres deixavam a comida de fora até o dia depois do Natal caso espíritos do mal e "pequenas pessoas" resolvessem visitar a fazenda durante a noite. O nisse não podia ser esquecido, caso contrário a fazenda poderia ter má sorte.Todos iam para um culto matinal da igreja no dia de natal, e em muitos lugares pessoas apostavam corrida até em casa. Enquanto a véspera de natal era passada em casa com a família, os noruegueses socializavam no dia de natal, visitando amigos e vizinhos, próximos e distantes.
Julebukk...
Grupos de crianças e adultos fantasiados com um bukk (bode) na frente, era uma visão comum. Em troca de canto e entretenimento, eles recebiam guloseimas e brincadeiras. Em muitos distritos, eram habituais corridas de uma fazenda a outra, incluindo um total de 30 cavalos de cada vez. Depois de muitos dias de festa, o 13° dia do natal marcava o fim dos feriados. Era comum beber Yule e comer todas as sobras. Tudo o que sobrava nas cestas presas às árvores no Natal era para ser comido.
Fonte:
http://anoruegabrasileira.blogspot.com/Como podemos ver, tudo, ou quase tudo das tradições pagãs, foi fielmente adapatado para a o cristianismo...
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