segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

"Papai Noel"

Entre os dias 20 e 31 de Dezembro ocorre o 'JUL' - Celebração do ano novo nórdico, comemorado pelos Asatrús. Trata-se de um festival de 12 noites. É o mais importante de todos os festivais para os seguidores dessa filosofia. Na noite de 20 de Dezembro, o Deus Wotan (Odin) viaja pelo céu com seu cavalo de oito patas, Sleipnir. Nos tempos antigos, as crianças germânicas e nórdicas deixavam suas botas na janela cheias de açúcar para o cavalo Sleipnir. Em retribuição, Odin deixava um presente como gentileza. Nos tempos modernos, Sleipnir foi transformado nas renas e Odin (que é caracterizado como um senhor gordinho de longas barbas) acabou virando o simpático Papai Noel. Até hoje existe uma estátua de Odin na Noruega, que a Igreja acabou transformando na estatua de "São Nicolau".Depois de ler esse texto, fui pesquisar no google, e olha só o que encontrei, além de ter muito mais...
UM POUCO MAIS SOBRE O NATAL NORUEGUÊS
Tradiçoes natalinas na antiga Noruega...
O Natal é cheio de tradições, cerimônias e costumes baseados, em parte, em várias culturas antigas que permanecem até os dias atuais. Velhos e jovens, amigos e família se unem ainda mais por meio de várias semanas de festividades. Nós nos tornamos mais refletivos e atenciosos.
Antigamente, Natal era um banquete que acontecia durante o inverno (Yule)- um festival de luzes marcando a transição do inverno sombrio para primavera e verão. O natal era um tempo de celebrar a colheita, fertilidade, nascimento e morte.
Em 1.900 o Rei Haakon I decidiu que o costume pagão de beber Jul (yule) deveria ser mudado para 25 de dezembro, em honra ao nascimento de Jesus Cristo. Gradualmente, o banquete pagão foi se tornando cada vez mais cristão. O nome Jul foi conservado, mas o feriado foi dedicado a Jesus Cristo. O natal é, deste modo, uma mistura de festa pagã antiga e tradições cristãs mais modernas.
Hoje, o natal é a celebração mais popular do ano na igreja cristã e para famílias e amigos.
Natal nos velhos tempos...
As preparações para o natal eram extensas. Tudo, desde fazer os presentes de natal a sacrificar o animal a ser comido deveria ser feito em casa. As fazendas eram auto-suficientes, e esperava-se que os animais sacrificados antes do natal durassem o resto do ano. Em fazendas norueguesas maiores, cinco a seis porcos, sete a oito ovelhas, duas vacas e um par de bezerros eram mortos. A data para o sacrifício variava, mas a melhor época era antes do solstício de inverno, na lua nascente. Os fazendeiros acreditavam que a carne era melhor e iam além, se o sacrifíco fosse realizado numa boa hora. As mulheres eram responsáveis por preparar o banquete do inverno e preparavam a maior parte da comida. Os homens faziam o trabalho pesado, como cortar madeira, afiar facas e cortavam as carnes. A maior parte era salgada e curada, e o restante era lacrado hermeticamente com uma camada de gordura. Nada se perdia - depois do corte da carne era hora de fazer velas e sabão com a gordura. As crianças esperavam ansiosamente a comida ficar pronta, da mesma maneira que fazem hoje. Pão, pão de fôrma, lefse e pelo menos sete tipos de biscoitos doces eram assados. Depois que a cerveja era fabricada e o corte da carne e o assado preparados, a família trabalhava em conjunto para limpar a casa inteira. Tudo precisava estar limpo e brilhante para a celebração. Os homens cortavam e traziam para dentro de casa madeira suficiente para durar o feriado inteiro. Os ramos de aveia eram postos do lado de fora para os pássaros, porque as famílias acreditavam que, se os pássaros cantavam e gorjeavam ruidosamente, seria um bom ano. No celeiro, os animais recebiam um pouco de feno extra e alimentação.
Religião...
A porta do celeiro era marcada com uma cruz para manter afastados os espíritos do mal, e a cruz era também usada como decoração no pão, na manteiga ou no teto acima da mesa do natal. Os cardápios variavam de distrito para distrito, mas em toda parte a mesa era cheia da melhor e mais gostosa comida que a casa pudesse oferecer. Todas as pessoas que viviam na fazenda - empregados, família e convidados - comiam o jantar de "natal" juntos. Freqüentemente as mulheres deixavam a comida de fora até o dia depois do Natal caso espíritos do mal e "pequenas pessoas" resolvessem visitar a fazenda durante a noite. O nisse não podia ser esquecido, caso contrário a fazenda poderia ter má sorte.Todos iam para um culto matinal da igreja no dia de natal, e em muitos lugares pessoas apostavam corrida até em casa. Enquanto a véspera de natal era passada em casa com a família, os noruegueses socializavam no dia de natal, visitando amigos e vizinhos, próximos e distantes.
Julebukk...
Grupos de crianças e adultos fantasiados com um bukk (bode) na frente, era uma visão comum. Em troca de canto e entretenimento, eles recebiam guloseimas e brincadeiras. Em muitos distritos, eram habituais corridas de uma fazenda a outra, incluindo um total de 30 cavalos de cada vez. Depois de muitos dias de festa, o 13° dia do natal marcava o fim dos feriados. Era comum beber Yule e comer todas as sobras. Tudo o que sobrava nas cestas presas às árvores no Natal era para ser comido.
Fonte: http://anoruegabrasileira.blogspot.com/
Como podemos ver, tudo, ou quase tudo das tradições pagãs, foi fielmente adapatado para a o cristianismo...
Pesquisem...

Um comentário:

  1. Natal, tempo de dar e receber presentes? Pelo menos para o mercado, o Natal significa apenas isto. Bem, é tempo também de aturar aquele indigestos programas televisivos, principalmente os da Rede Globo de Televisão.
    Vejamos os mais indigestos. É difícil dizer qual o pior, mas façamos um esforço: Alguém pode me dizer o que aquilo que passou no dia 24 depois d' "A favorita"? A ex-vedete Xuxa Meneguel vestida de freira e fazendo a linha "A Noviça Rebelde". Realmente na Globo nada se cria, tudo se copia... Onde eu estava assistindo (obrigado, pois as televisões estão sempre ligadas na Rede Globo), havia pelo menos umas 8 crianças na faixa etária inferior a 10 anos e nenhuma sequer prestou o mínimo de atenção ao programa. Uma bobagem sem tamanho. Marília Pêra contracenando com Xuxa, acho que ela nunca pensou em ser obrigada a passar por tamanho constrangimento. Outro programinha de índio foi o especial do "rei" que foi ao ar no dia 25. Confesso que não vi e não gostei. Mas uma coisa me chamou atenção. Para tentar ser "diferente", convidaram uma escola de samba e um sambista para participar do especial, mostrando que Roberto Carlos não é ruim da cabeça e nem doente do pé. E, claro, chamaram uma escola de samba que ostentasse as cores preferidas do suposto "rei". Azul e branco (coisa de gente mala, aquelas que acreditam em cromoterapia, rs). Porém, em vez de chamarem a mais tradicional das escolas de samba cujas cores são exatamente o azul e o branco, ou seja, a Portela, chamaram a indefectível Beija Flor de Nilópolis. É forçar muito a barra, não? Mas tem lógica (a lógica do mercado, é claro). Quem é a Portela? Uma escola que não dá "ibope", que não é campeã a muito tempo, pois é sempre garfada pela Beija Flor, a escola que recebe total apoio e babação de ovo da Rede Globo. Será que Roberto Carlos, com toda a sua correção política e sentido religioso, apoia uma escola de samba que vive da corrupção e da jogatina? Ninguém mais aguenta Neguinho da Beija Flor cantando "Nêga Angela". Aliás, ninguém mais aguenta Roberto Carlos...
    Fico imaginando se, em vez da Beija Flor, a Portela fosse convidada para o especial. Poderíamos ter o Paulinho da Viola como convidado. No entanto, como a falta de ousadia não tem tamanho na Rede Globo, teríamos que aturar mais uma vez o Paulinho cantando "Foi um rio que passou em minha vida".
    Triste Natal!

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