Como comentou o Observatório da Imprensa, o Jornal Nacional da Venus Platinada (leia-se TV Globo) deu uma tremenda "barrigada" com o caso da advogada Ana Paula:
CASO PAULA OLIVEIRA
Afobação em lugar da investigação
Por Alberto Dines em 16/2/2009
Comentário para o programa radiofônico do OI, 16/2/2009
A imprensa se afobou e as autoridades brasileiras se precipitaram no caso da jovem advogada que denunciou ter sido atacada por neonazistas na Suíça. A notícia controversa foi dada como verdadeira, em primeira mão, pelo Globo Online, na quarta-feira (11/2). Toda a imprensa embarcou na história. Só na sexta-feira a TV Globo colocou em dúvida a versão da jovem. O caso mistura xenofobia de verdade, emocionalismo e pouca disposição para investigar. Enganada por sua própria afobação, a imprensa pode inverter os sinais. (L.M.C.)
Nada há de definitivo sobre as denúncias de Paula Oliveira contra os neonazistas suíços que a teriam atacado. Médicos garantem que ela não abortou, a polícia acha que os ferimentos teriam sido auto-infligidos. Mesmo assim diversos articulistas dos jornalões de domingo (15/2) tentaram diminuir a importância desta reviravolta.
Um deles afirmou que esta era uma questão secundária porque o caso de Paula Oliveira é "verossímil" numa Europa conturbada pela violência política. Outra colunista admitiu que Paula pode ter errado, mas "o erro maior está lá, na Europa".
Vamos com calma: a União Européia não esconde a sua preocupação com a xenofobia e o racismo. O erro maior é mentir, inventar, criar um caso diplomático e produzir um vexame internacional.
Erro maior é uma imprensa que não investiga antes de denunciar.
Erro maior cometem as autoridades que botam a boca no trombone antes mesmo de averiguar o que se passou.
A verdade é que a xenofobia européia e a antixenofobia brasileira estão ficando muito parecidas. A emoção nunca pode substituir a razão.
Informações, curiosidades, comentários, pontos-de vista... Este é o nosso blog, vamos fazer ouvir a voz da minoria que não se resigna; a "minoria" ruidosa!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
"Sim" vence na Venezuela
Os venezuelanos aprovaram no domingo, em referendo, uma emenda constitucional que permite ao presidente Hugo Chávez se candidatar à reeleição quantas vezes quiser, abrindo a possibilidade de governar o país por mais uma década. A presidente da autoridade eleitoral informou que 54,4% dos venezuelanos votaram a favor da proposta que suprime os limites à reeleição de todos os cargos de eleição popular, contra 45,6%. Logo após o resultado, o presidente já se disse candidato a um novo mandato no pleito de 2012 e celebrou o que classificou como a consolidação do socialismo no país.
A despeito dos detratores do Presidente Hugo Chávez, leia-se a mídia comprometida com os interesses neoliberais, deve-se admitir que o governo venezuelano realizou seu prebescito dentro do processo democrático. Foi a maioria que escolheu apostar no projeto político do presidente.
Comentário de Chávez:
- Hoje começa o terceiro ciclo histórico, de 2009 a 2019 (...). Abrimos a porta do futuro para continuar transitando a caminho da dignidade (...) e esse caminho não tem outro nome: é socialismo.
É... parece que os porcos capitalistas e as oligarquias históricas da América Latina vão ter que engolir mais essa do intragável (para eles) líder popular...
A despeito dos detratores do Presidente Hugo Chávez, leia-se a mídia comprometida com os interesses neoliberais, deve-se admitir que o governo venezuelano realizou seu prebescito dentro do processo democrático. Foi a maioria que escolheu apostar no projeto político do presidente.
Comentário de Chávez:
- Hoje começa o terceiro ciclo histórico, de 2009 a 2019 (...). Abrimos a porta do futuro para continuar transitando a caminho da dignidade (...) e esse caminho não tem outro nome: é socialismo.
É... parece que os porcos capitalistas e as oligarquias históricas da América Latina vão ter que engolir mais essa do intragável (para eles) líder popular...
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Como deturpar a cultura alheia
TV GLOBO
Caminho (desrespeitoso) das Índias
Por Washington Araújo em 10/2/2009
Convenço-me cada vez mais que Caminho das Índias é o folhetim mais fantasioso – e também desrespeitoso para com outra cultura – jamais produzido pela televisão brasileira. Se existe algum traço de realidade naquela trama, esse traço ficou submerso no sagrado rio Gânges. Visitei Nova Déli em dezembro de 1987, quando pude participar da dedicação a Deus e à humanidade do Templo Bahá´í, o belo templo de nove lados na forma de flor de lótus, ladeado por igualmente 9 espelhos d´água. E tenho bem viva na memória a noite do dia 27 de dezembro daquele ano quando ninguém menos que Ravi Shankar, o grande músico e poeta indiano, apresentou a sinfonia especialmente criada por ele para aquela ocasião. São as imagens daquela Índia que vi e vivi que não se casam, nem à força, com a Índia que estou me esforçando para ver e quem sabe vivenciar em nossa telinha mágica que é a TV.
Voltando ao folhetim das 8 da noite na TV Globo. Em pouco mais de uma semana que estive em Déli e em Agra, onde fica o Taj Mahal, não encontrei qualquer sinal de opulência, riqueza material, balés artísticos e trajes esvoaçantemente coloridos nas ruas daquelas cidades. Ao contrário, testemunhei muita miséria, pobreza ao cubo, caos no trânsito, multidões se sobrepondo umas às outras. O barulho de buzinas, nas mais variadas tonalidades e em volume sempre muito além do usualmente aceitável, bem caracterizaram qualquer passeio nas ruas de Déli.
Claro que existem famílias abastadas, afinal é uma das mais pujantes economias do planeta nessa primeira década do século 21, além de estar na vanguarda da revolução tecnológica, notadamente no campo da informática. Mas assim posto, fica muito difícil ser condescendente com a trama de Glória Perez.
Padrão farsesco
Nessa história há um padrão de farsesco nos detalhes. Chama atenção o destaque dado às superstições e crendices que da forma como são apresentadas parecem derivar da sagrada religião hindu. E isso não é verdade e mesmo, não se sustenta em fatos. Colocar a questão do dote para o casamento de forma folclorizada é um claro nonsense da trama. Um indiano abastado deixar de sair de casa se a primeira imagem que vir ao colocar os olhos na rua for o de uma viúva ou de algum intocável é de rolar de rir. Desfazer uma maldição nupcial casando o personagem com uma bananeira, uma árvore, um animal, é rematada tolice. Não vi nada disso na Índia e se tais costumes e práticas algum dia existiram devem estar ainda enredados na milenar noite dos tempos...
Minha perplexidade é tal que me faz imediatamente pensar em um paralelo possível. Imaginemos que produtores de Hollywood resolvessem fazer um seriado de costumes tendo como pano de fundo o Brasil dos dias atuais e então...
** colocassem homens vestidos apenas com sungas e mulheres trajando minúsculos biquínis ou apenas aqueles do tipo fio-dental em plena avenida Paulista ou nos arredores da Candelária, na avenida Rio Branco ou entrando no Ministério da Justiça em Brasília?
** colocassem pais ensinando os filhos a se precaverem e a temerem a Sucupira, o Saci-Pererê, o Mula-sem-cabeça, o chupacabras, o lobisomem, os ETs de Varginha?
** colocassem mulheres baianas vestidas com os vestidos das baianas do acarajé em pleno Teatro Castro Alves e homens com fantasias do bloco Filhos de Gandhi deitando discursos em inaugurações do governo?
** colocassem gurus, videntes, pais-de-santo visitando apartamentos de algumas famílias abastadas do Leblon (Rio) ou dos Jardins (SP) para tratar dos dias propícios aos negócios, ajustar casamentos entre famílias e os donos das casas sempre a um passo de se prostarem ante seus pés em sinal de reverência?
** colocassem cobras, onças, tamanduás, chimpanzés e multicores araras nas ruas de Belo Horizonte e na Boca Maldita de Curitiba, par a par com os citadinos?
** colocassem mães reverentemente ensinando os filhos adolescentes a venerarem Nossa Senhora (da Conceição, de Fátima, de Aparecida, de Lourdes, do Perpétuo Socorro, de Guadalupe, da Anunciação, dos Prazeres, dos Navegantes etc.) e também a galerias dos santos, com São Francisco (de Assis, de Canindé, de Xavier), São João (Batista, do Latrão, de Sena), quem sabe os adoradores da Medalha Milagrosa ou o pequenino Menino Jesus de Praga?
** pais, irmãos, filhos, netos, avós de repente e sem mais nem menos, logo após ouvirem uma boa notícia transmitida pelo pai da família, se levantassem para bailar na sala em sinal de vivo contentamento?
Esquizofrenia na telinha
Daria para acreditar nas situações acima mencionadas? A resposta certamente seria a mesma para essa outra pergunta: daria para acreditar na Índia de Glória Perez?
A televisão brasileira vive um particular momento de viva esquizofrenia. Saem de um folhetim pintado com as cores sombrias de páginas policiais, após haver domesticado o ouvido de milhões de brasileiros com o repetitivo tango pós-moderno pontuando aquelas incansáveis animações de abertura para o frenesi multicor da música techno embalado por imagens digitalmente multiplicadas de templos e deuses venerados na Índia e em outros países asiáticos.
Neste ponto vejo um profundo desrespeito pelo Sagrado em se tratando daquela particular nação do planeta. Brhama, Vishnu, Krishna, Shiva, Ganesha, são tão sagrados no inconsciente coletivo da raça quanto às aparições do Anjo Gabriel a Maria, a imagem de Jesus e das Nossas Senhoras, o Santo Sudário e a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, a Kaaba dos muçulmanos em Meca, o templo budista de Bohodour na Indonésia, o muro das Lamentações dos judeus na Terra Santa.
Ousaríamos misturar essas imagens sacras do cristianismo, judaísmo, budismo e islamismo com o movimento frenético dos passistas do Marquês de Sapucaí e tendo como trilha sonora a nossa bem reputada música carnavalesca?
Se existe algo que impede a criação de uma cultura genuína de paz entre todos os seres humanos do planeta é, sem dúvida alguma, a forma grosseira como retratamos o que não entendemos ou o que é diferente de nós. Vale ainda, pois dificilmente prescreverá, a regra de ouro de todas as religiões: não devemos fazer aos outros aquilo que não desejamos que seja feito a nós.
Caminho (desrespeitoso) das Índias
Por Washington Araújo em 10/2/2009
Convenço-me cada vez mais que Caminho das Índias é o folhetim mais fantasioso – e também desrespeitoso para com outra cultura – jamais produzido pela televisão brasileira. Se existe algum traço de realidade naquela trama, esse traço ficou submerso no sagrado rio Gânges. Visitei Nova Déli em dezembro de 1987, quando pude participar da dedicação a Deus e à humanidade do Templo Bahá´í, o belo templo de nove lados na forma de flor de lótus, ladeado por igualmente 9 espelhos d´água. E tenho bem viva na memória a noite do dia 27 de dezembro daquele ano quando ninguém menos que Ravi Shankar, o grande músico e poeta indiano, apresentou a sinfonia especialmente criada por ele para aquela ocasião. São as imagens daquela Índia que vi e vivi que não se casam, nem à força, com a Índia que estou me esforçando para ver e quem sabe vivenciar em nossa telinha mágica que é a TV.
Voltando ao folhetim das 8 da noite na TV Globo. Em pouco mais de uma semana que estive em Déli e em Agra, onde fica o Taj Mahal, não encontrei qualquer sinal de opulência, riqueza material, balés artísticos e trajes esvoaçantemente coloridos nas ruas daquelas cidades. Ao contrário, testemunhei muita miséria, pobreza ao cubo, caos no trânsito, multidões se sobrepondo umas às outras. O barulho de buzinas, nas mais variadas tonalidades e em volume sempre muito além do usualmente aceitável, bem caracterizaram qualquer passeio nas ruas de Déli.
Claro que existem famílias abastadas, afinal é uma das mais pujantes economias do planeta nessa primeira década do século 21, além de estar na vanguarda da revolução tecnológica, notadamente no campo da informática. Mas assim posto, fica muito difícil ser condescendente com a trama de Glória Perez.
Padrão farsesco
Nessa história há um padrão de farsesco nos detalhes. Chama atenção o destaque dado às superstições e crendices que da forma como são apresentadas parecem derivar da sagrada religião hindu. E isso não é verdade e mesmo, não se sustenta em fatos. Colocar a questão do dote para o casamento de forma folclorizada é um claro nonsense da trama. Um indiano abastado deixar de sair de casa se a primeira imagem que vir ao colocar os olhos na rua for o de uma viúva ou de algum intocável é de rolar de rir. Desfazer uma maldição nupcial casando o personagem com uma bananeira, uma árvore, um animal, é rematada tolice. Não vi nada disso na Índia e se tais costumes e práticas algum dia existiram devem estar ainda enredados na milenar noite dos tempos...
Minha perplexidade é tal que me faz imediatamente pensar em um paralelo possível. Imaginemos que produtores de Hollywood resolvessem fazer um seriado de costumes tendo como pano de fundo o Brasil dos dias atuais e então...
** colocassem homens vestidos apenas com sungas e mulheres trajando minúsculos biquínis ou apenas aqueles do tipo fio-dental em plena avenida Paulista ou nos arredores da Candelária, na avenida Rio Branco ou entrando no Ministério da Justiça em Brasília?
** colocassem pais ensinando os filhos a se precaverem e a temerem a Sucupira, o Saci-Pererê, o Mula-sem-cabeça, o chupacabras, o lobisomem, os ETs de Varginha?
** colocassem mulheres baianas vestidas com os vestidos das baianas do acarajé em pleno Teatro Castro Alves e homens com fantasias do bloco Filhos de Gandhi deitando discursos em inaugurações do governo?
** colocassem gurus, videntes, pais-de-santo visitando apartamentos de algumas famílias abastadas do Leblon (Rio) ou dos Jardins (SP) para tratar dos dias propícios aos negócios, ajustar casamentos entre famílias e os donos das casas sempre a um passo de se prostarem ante seus pés em sinal de reverência?
** colocassem cobras, onças, tamanduás, chimpanzés e multicores araras nas ruas de Belo Horizonte e na Boca Maldita de Curitiba, par a par com os citadinos?
** colocassem mães reverentemente ensinando os filhos adolescentes a venerarem Nossa Senhora (da Conceição, de Fátima, de Aparecida, de Lourdes, do Perpétuo Socorro, de Guadalupe, da Anunciação, dos Prazeres, dos Navegantes etc.) e também a galerias dos santos, com São Francisco (de Assis, de Canindé, de Xavier), São João (Batista, do Latrão, de Sena), quem sabe os adoradores da Medalha Milagrosa ou o pequenino Menino Jesus de Praga?
** pais, irmãos, filhos, netos, avós de repente e sem mais nem menos, logo após ouvirem uma boa notícia transmitida pelo pai da família, se levantassem para bailar na sala em sinal de vivo contentamento?
Esquizofrenia na telinha
Daria para acreditar nas situações acima mencionadas? A resposta certamente seria a mesma para essa outra pergunta: daria para acreditar na Índia de Glória Perez?
A televisão brasileira vive um particular momento de viva esquizofrenia. Saem de um folhetim pintado com as cores sombrias de páginas policiais, após haver domesticado o ouvido de milhões de brasileiros com o repetitivo tango pós-moderno pontuando aquelas incansáveis animações de abertura para o frenesi multicor da música techno embalado por imagens digitalmente multiplicadas de templos e deuses venerados na Índia e em outros países asiáticos.
Neste ponto vejo um profundo desrespeito pelo Sagrado em se tratando daquela particular nação do planeta. Brhama, Vishnu, Krishna, Shiva, Ganesha, são tão sagrados no inconsciente coletivo da raça quanto às aparições do Anjo Gabriel a Maria, a imagem de Jesus e das Nossas Senhoras, o Santo Sudário e a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, a Kaaba dos muçulmanos em Meca, o templo budista de Bohodour na Indonésia, o muro das Lamentações dos judeus na Terra Santa.
Ousaríamos misturar essas imagens sacras do cristianismo, judaísmo, budismo e islamismo com o movimento frenético dos passistas do Marquês de Sapucaí e tendo como trilha sonora a nossa bem reputada música carnavalesca?
Se existe algo que impede a criação de uma cultura genuína de paz entre todos os seres humanos do planeta é, sem dúvida alguma, a forma grosseira como retratamos o que não entendemos ou o que é diferente de nós. Vale ainda, pois dificilmente prescreverá, a regra de ouro de todas as religiões: não devemos fazer aos outros aquilo que não desejamos que seja feito a nós.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Pequenas ausências...
Desculpem, leitores, por deixar de postar algumas broncas neste muro de lamentações. E que estive ultimamente ocupado, passando por uma experiência um tanto o quanto terrível. Experimentei alguns dias de escravidão, executando serviços sub-humanos para patrões inescrupulosos...
Brevemente eu relatarei esta minha experiência como escravo "de ganho"...
Brevemente eu relatarei esta minha experiência como escravo "de ganho"...
Crise? What crise?
Crise? Que crise?
O mundo globalizado parece atravessar uma crise financeira gigantesca, pelo menos é isto que nos informa de maneira dramática e desesperada os meios de comunicação. Na esteira desta crise, empresas anunciam demissões em massa – grandes empresas estão mandando gente embora aos borbotões. No Brasil a mídia escrita e televisiva anuncia com grande alarde o número da crise, justificando as demissões e criticando de maneira velada os investimentos “irresponsáveis” do governo na área social. No entanto, o que me parece (e eu não sou especialista no assunto e estou emitindo uma simples opinião) é que esta suposta crise é mais “psicológica” do que real. Os números da econômica, no Brasil, são bastante positivos: no último trimestre o país obteve um crescimento satisfatório da produção industrial com muitas empresas diversificando os investimentos. Setores como o automobilístico continuam crescendo como antes e outros setores continuam expandindo. Segmentos da classe C e D participam ativamente da economia ampliando o consumo e introduzindo novos itens no seu dia-a-dia. A inadimplência diminuiu e as compras a crédito (talvez reflexo do fator psicológico da “crise”) estão mais restritas.
Apesar disso, os jornais televisivos, principalmente, continuam falando em crise afetando todos os segmentos sociais e econômicos, até o Carnaval da Bahia! Pois bem, peguemos o exemplo das emissoras de TV, as que mais reclamam da “crise”: Nos últimos tempos as três maiores redes de televisão tiveram um faturamento recorde com anúncios (o que de fato as sustentam). O SBT de Sílvio Santos, que tem perdido espaço nos últimos anos, faturou com publicidade a fabulosa quantia de 700 milhões de reais. Isto não impediu que a emissora anunciasse o corte pela metade do salário de uma de suas maiores estrelas, Hebe Camargo (coitada da perua!). A Record, que vem crescendo bastante ultimamente, faturou nada menos que um bilhão e oitocentos milhões de reais. A Globo, com suas cinco emissoras – líder absoluta - faturou, pasmem!, 9,5 bilhões! Não parece que elas choram de barriga cheia? E as grandes corporações mundiais, anunciando cortes gigantescos de funcionários? Não parece desculpa para demitir em massa? A crise anunciada não parece desculpa para tubarões grandes engolirem tubarões médios e pequenos? Há algo de podre no reino da Dinamarca.
O mundo globalizado parece atravessar uma crise financeira gigantesca, pelo menos é isto que nos informa de maneira dramática e desesperada os meios de comunicação. Na esteira desta crise, empresas anunciam demissões em massa – grandes empresas estão mandando gente embora aos borbotões. No Brasil a mídia escrita e televisiva anuncia com grande alarde o número da crise, justificando as demissões e criticando de maneira velada os investimentos “irresponsáveis” do governo na área social. No entanto, o que me parece (e eu não sou especialista no assunto e estou emitindo uma simples opinião) é que esta suposta crise é mais “psicológica” do que real. Os números da econômica, no Brasil, são bastante positivos: no último trimestre o país obteve um crescimento satisfatório da produção industrial com muitas empresas diversificando os investimentos. Setores como o automobilístico continuam crescendo como antes e outros setores continuam expandindo. Segmentos da classe C e D participam ativamente da economia ampliando o consumo e introduzindo novos itens no seu dia-a-dia. A inadimplência diminuiu e as compras a crédito (talvez reflexo do fator psicológico da “crise”) estão mais restritas.
Apesar disso, os jornais televisivos, principalmente, continuam falando em crise afetando todos os segmentos sociais e econômicos, até o Carnaval da Bahia! Pois bem, peguemos o exemplo das emissoras de TV, as que mais reclamam da “crise”: Nos últimos tempos as três maiores redes de televisão tiveram um faturamento recorde com anúncios (o que de fato as sustentam). O SBT de Sílvio Santos, que tem perdido espaço nos últimos anos, faturou com publicidade a fabulosa quantia de 700 milhões de reais. Isto não impediu que a emissora anunciasse o corte pela metade do salário de uma de suas maiores estrelas, Hebe Camargo (coitada da perua!). A Record, que vem crescendo bastante ultimamente, faturou nada menos que um bilhão e oitocentos milhões de reais. A Globo, com suas cinco emissoras – líder absoluta - faturou, pasmem!, 9,5 bilhões! Não parece que elas choram de barriga cheia? E as grandes corporações mundiais, anunciando cortes gigantescos de funcionários? Não parece desculpa para demitir em massa? A crise anunciada não parece desculpa para tubarões grandes engolirem tubarões médios e pequenos? Há algo de podre no reino da Dinamarca.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Quando a cultura torna-se propaganda ideológica
O governo de Getúlio Vargas procurou organizar a nação em moldes totalitários. Neste sentido, não se furtou em lançar mão de um instrumento bastante eficaz - a propaganda -, criando, ainda em 1931, o Departamento Oficial de Publicidade. Em 1934, foi criado no Ministério da Justiça o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural. Em 1939, o Estado Novo constituiu um verdadeiro ministério da propaganda (o famoso DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda), diretamente subordinado ao presidente da República. O DIP exerceu funções bastante extensas, incluindo cinema, rádio, teatro, imprensa e literatura. O DIP dirigiu também a transmissão diária do programa radiofônico “Hora do Brasil”, o qual iria atravessar os anos como instrumento de propaganda e de divulgação das obras do governo.
A preocupação maior do regime era promover um projeto de nação civilizada e erradicar os últimos resquícios de “barbárie”. Os órgãos governamentais, neste sentido, agiam estabelecendo diretrizes que iriam nortear o sistema educacional brasileiro. À medida que as massas urbanas cresciam e surgia uma cultura de massa, o governo procurava intervir, através principalmente do DIP, no sentido de promover os bons costumes morais e o enquadramento do brasileiro dentro de uma ordem – sobretudo no que diz respeito ao trabalho. Atuava, portanto, tanto na elaboração e preparação do material de propaganda de massa, quanto no monitoramento deste material, controlando com censores todas as matérias da imprensa escrita e falada.
Assim, através de incentivos, promoções, direcionamentos e divulgações o governo de Getúlio Vargas interveio diretamente nos meios de comunicação de massa – rádio e cinema, sobretudo – procurando impor seu projeto de nação intimamente relacionado à idéia de um governo personalista.
Dessa maneira, vemos as manifestações de cultura de massa sendo gradativamente cooptada pela ideologia oficial, legitimando-a. No samba, por exemplo, a cultura da malandragem vai sendo substituída pela cultura do trabalho. É claro que havia resistências culturais, tensões ideológicas e insatisfações quanto às dificuldades econômicas. Assim, podemos encontrar, nas letras dos diversos sambas da época, o embate entre a ideologia do trabalho e a cultura da malandragem, entre outras contradições. Noel Rosa, Wilson Baptista, Assis Valente e muitos outros são exemplos de compositores que se equilibravam entre a tradição da boemia e os novos valores de uma nova sociedade “civilizada”. Destarte, em “Camisa List[r]ada” e “Lenço no Pescoço” vemos a apologia da malandragem, enquanto que em “Recenseamento”, “Rapaz Folgado” e “O Bonde de São Januário” o que é exaltado é o trabalho e o “bom juízo”.
No cinema, o Estado getulista procurou, como na música, incentivar a produção de filmes que divulgassem novos modelos de comportamento para o povo brasileiro, recuperando propostas forjadas em décadas anteriores por educadores e cineastas. Criticava-se e procurava-se superar a “subversão” do cinema por empresários inescrupulosos que inundavam os mercados com produções “deseducativas” e “imorais”. As críticas traduziam os preconceitos de setores das elites brasileiras sobre as formas de diversão e lazer das classes populares.
Apostando na capacidade da técnica cinematográfica como veículo de propaganda e de educação, o governo cria mecanismos importantes que possibilitaram a implementação do cinema educativo. Os cineastas, ávidos por mostrarem suas criações no mercado, viram nos incentivos governamentais a possibilidade de realizarem suas obras. Em abril de 1932 um decreto estabeleceu incentivos para a produção de filmes que fossem capazes de contribuir para o aprimoramento educacional do povo brasileiro, assim como uma reserva de mercado para produções nacionais.
Ao Departamento de Propaganda e Difusão Cultural, criado em 1934, caberia as funções de estimular a produção, favorecer a circulação e intensificar e racionalizar a exibição em todos os meios sociais de filmes educativos. Estes incentivos previstos pelo decreto de criação do DPDC deram um novo impulso à atividade cinematográfica no Brasil, com a fundação de novas produtoras, como, por exemplo, a Brasil Vita Films, de Carmem Santos e Humberto Mauro.
Humberto Mauro dirigiu o filme que sintetizaria todo um ideal de povo e nação que se procurava forjar naquele período: “O Descobrimento do Brasil”.
Cercado de publicidade nos jornais e exibições para autoridades, o filme foi recebido em tom patriótico, exaltado por sua atmosfera mística ao retratar o contato do homem branco com a Terra Nova, seu fascínio diante do elemento indígena (totalmente desvinculado de qualquer conotação de selvagem), a procissão da Cruz, a primeira missa, e a harmonia do encontro das raças. O filme retrata, com marcante idealização, aquilo que seria o retrato fiel do Descobrimento. Criticado, já na época, por reforçar a história oficial e não apresentar nenhuma crítica à colonização portuguesa e a subjugação dos povos autóctones, o filme, afinal, cumpria sua finalidade a qual seria marcar o mito de fundação da nação.
Uma imagem, seja de que natureza for, corresponde a uma narrativa. Possui, portanto, sentido e intencionalidade. Imagens são textos. As imagens e textos da Era Vargas nos remetem a intencionalidade do regime em promover sua ideologia e aglutinar a população interna em um só ideal de nação, orientada pela moral e pelos bons costumes, eliminando, ou tentando eliminar, qualquer possibilidade de desvio dessas diretrizes.
Com a popularização do cinema e do rádio nas décadas de 20 e 30, estes e outros instrumentos de comunicação seriam mobilizados para a educação e para a propaganda, sobretudo a partir da ascensão de Getúlio Vargas ao poder com a Revolução de 30.
FONTES:
ALMEIDA, Cláudio Aguiar. Cultura e sociedade no Brasil: 1940-1968. 5ª ed. São Paulo: Atual Editora, 2001.
ESPAÑA, Rafael de. Guerra, cinema e propaganda. In: Olho da História nº 03.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp.
OLIVEIRA, Lúcia Lippi (org). Estado Novo: Ideologia e Poder. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
ROSA, Cristina Souza da. Câmara na mão, política na cabeça. In: Dossiê nº 42.
SITES
GARCIA, Jorge Edson. Humberto Mauro, 100 anos. In: http://www.cinemabrasil.org.br/hummauro/
A preocupação maior do regime era promover um projeto de nação civilizada e erradicar os últimos resquícios de “barbárie”. Os órgãos governamentais, neste sentido, agiam estabelecendo diretrizes que iriam nortear o sistema educacional brasileiro. À medida que as massas urbanas cresciam e surgia uma cultura de massa, o governo procurava intervir, através principalmente do DIP, no sentido de promover os bons costumes morais e o enquadramento do brasileiro dentro de uma ordem – sobretudo no que diz respeito ao trabalho. Atuava, portanto, tanto na elaboração e preparação do material de propaganda de massa, quanto no monitoramento deste material, controlando com censores todas as matérias da imprensa escrita e falada.
Assim, através de incentivos, promoções, direcionamentos e divulgações o governo de Getúlio Vargas interveio diretamente nos meios de comunicação de massa – rádio e cinema, sobretudo – procurando impor seu projeto de nação intimamente relacionado à idéia de um governo personalista.
Dessa maneira, vemos as manifestações de cultura de massa sendo gradativamente cooptada pela ideologia oficial, legitimando-a. No samba, por exemplo, a cultura da malandragem vai sendo substituída pela cultura do trabalho. É claro que havia resistências culturais, tensões ideológicas e insatisfações quanto às dificuldades econômicas. Assim, podemos encontrar, nas letras dos diversos sambas da época, o embate entre a ideologia do trabalho e a cultura da malandragem, entre outras contradições. Noel Rosa, Wilson Baptista, Assis Valente e muitos outros são exemplos de compositores que se equilibravam entre a tradição da boemia e os novos valores de uma nova sociedade “civilizada”. Destarte, em “Camisa List[r]ada” e “Lenço no Pescoço” vemos a apologia da malandragem, enquanto que em “Recenseamento”, “Rapaz Folgado” e “O Bonde de São Januário” o que é exaltado é o trabalho e o “bom juízo”.
No cinema, o Estado getulista procurou, como na música, incentivar a produção de filmes que divulgassem novos modelos de comportamento para o povo brasileiro, recuperando propostas forjadas em décadas anteriores por educadores e cineastas. Criticava-se e procurava-se superar a “subversão” do cinema por empresários inescrupulosos que inundavam os mercados com produções “deseducativas” e “imorais”. As críticas traduziam os preconceitos de setores das elites brasileiras sobre as formas de diversão e lazer das classes populares.
Apostando na capacidade da técnica cinematográfica como veículo de propaganda e de educação, o governo cria mecanismos importantes que possibilitaram a implementação do cinema educativo. Os cineastas, ávidos por mostrarem suas criações no mercado, viram nos incentivos governamentais a possibilidade de realizarem suas obras. Em abril de 1932 um decreto estabeleceu incentivos para a produção de filmes que fossem capazes de contribuir para o aprimoramento educacional do povo brasileiro, assim como uma reserva de mercado para produções nacionais.
Ao Departamento de Propaganda e Difusão Cultural, criado em 1934, caberia as funções de estimular a produção, favorecer a circulação e intensificar e racionalizar a exibição em todos os meios sociais de filmes educativos. Estes incentivos previstos pelo decreto de criação do DPDC deram um novo impulso à atividade cinematográfica no Brasil, com a fundação de novas produtoras, como, por exemplo, a Brasil Vita Films, de Carmem Santos e Humberto Mauro.
Humberto Mauro dirigiu o filme que sintetizaria todo um ideal de povo e nação que se procurava forjar naquele período: “O Descobrimento do Brasil”.
Cercado de publicidade nos jornais e exibições para autoridades, o filme foi recebido em tom patriótico, exaltado por sua atmosfera mística ao retratar o contato do homem branco com a Terra Nova, seu fascínio diante do elemento indígena (totalmente desvinculado de qualquer conotação de selvagem), a procissão da Cruz, a primeira missa, e a harmonia do encontro das raças. O filme retrata, com marcante idealização, aquilo que seria o retrato fiel do Descobrimento. Criticado, já na época, por reforçar a história oficial e não apresentar nenhuma crítica à colonização portuguesa e a subjugação dos povos autóctones, o filme, afinal, cumpria sua finalidade a qual seria marcar o mito de fundação da nação.
Uma imagem, seja de que natureza for, corresponde a uma narrativa. Possui, portanto, sentido e intencionalidade. Imagens são textos. As imagens e textos da Era Vargas nos remetem a intencionalidade do regime em promover sua ideologia e aglutinar a população interna em um só ideal de nação, orientada pela moral e pelos bons costumes, eliminando, ou tentando eliminar, qualquer possibilidade de desvio dessas diretrizes.
Com a popularização do cinema e do rádio nas décadas de 20 e 30, estes e outros instrumentos de comunicação seriam mobilizados para a educação e para a propaganda, sobretudo a partir da ascensão de Getúlio Vargas ao poder com a Revolução de 30.
FONTES:
ALMEIDA, Cláudio Aguiar. Cultura e sociedade no Brasil: 1940-1968. 5ª ed. São Paulo: Atual Editora, 2001.
ESPAÑA, Rafael de. Guerra, cinema e propaganda. In: Olho da História nº 03.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp.
OLIVEIRA, Lúcia Lippi (org). Estado Novo: Ideologia e Poder. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
ROSA, Cristina Souza da. Câmara na mão, política na cabeça. In: Dossiê nº 42.
SITES
GARCIA, Jorge Edson. Humberto Mauro, 100 anos. In: http://www.cinemabrasil.org.br/hummauro/
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Reality Shows - que merda é essa?
Esse tipo de programa virou uma praga na televisão. Como se não bastasse o lixo geral que é a programação da TV, temos que aturar essa porcaria todo os dias invadindo nossa sala de visitas. O pior é que parace que a maioria das pessoas adoram e vira comentário do medíocre cotidiano de cada um. E tem gente que acha que á a pura "realidade".
Embora tenha havido precedentes no rádio e na televisão, o primeiro reality show, como hoje sentido foi a série An American Family, transmitida em doze partes em 1973 nos EUA; a série ficou famosa por lidar com divórcio em uma família nuclear, e ainda, pela revelação de que um dos filhos, Lance Loud, era homossexual. Vários shows na Inglaterra e Austrália usaram o mesmo enredo.
A série que teria criado o interesse moderno em reality shows foi talvez COPS, lançada em março de 1989. Foi seguido por The Real World, da MTV, (lançado no Brasil como Na Real. que se tornou fenômeno de popularidade. Em 2000, com o surgimento do Big Brother e da Expedition Robinson na Europa, assim como Survivor nos EUA, houve multiplicação de shows baseados em reality shows, sendo que a crítica e a população sentiram que com gosto questionável.
No Brasil, pode-se dizer que a "onda" de reality shows começou, basicamente, com o programa No Limite, baseado em Survivor, em 2000. Em 2001, foi criado o programa Casa dos Artistas, fenômeno notável de audiência do SBT. Em 2002, surgiu o maior expoente deste gênero no Brasil, o programa Big Brother Brasil.
O termo Reality show é conhecido por mostrar, de forma simulada, uma realidade. Em tais programas não há roteiros a serem seguidos e os participantes têm que resolver problemas ou apenas conviver com outros participantes, como no caso do programa Big Brother e outros. Os chamados reality shows entretêm as pessoas com a reação de seus participantes em apenas viverem um cotidiano ou realizarem alguma prova.
Alguns outros reality shows como O Aprendiz ou O Desafiante - 2005, levam aos seus participates desafios que eles poderiam encontrar em suas profissões ou em suas próprias vidas. Há Esquadrão da Moda também, cada episódio apresenta uma "vítima" de moda e reforma do seu guarda-roupa.
É certo que os reality shows mostram na íntegra um assunto intrigante a todos, a interação entre as pessoas, apesar de cada um dos mesmos possuir suas peculiaridades.
Embora tenha havido precedentes no rádio e na televisão, o primeiro reality show, como hoje sentido foi a série An American Family, transmitida em doze partes em 1973 nos EUA; a série ficou famosa por lidar com divórcio em uma família nuclear, e ainda, pela revelação de que um dos filhos, Lance Loud, era homossexual. Vários shows na Inglaterra e Austrália usaram o mesmo enredo.
A série que teria criado o interesse moderno em reality shows foi talvez COPS, lançada em março de 1989. Foi seguido por The Real World, da MTV, (lançado no Brasil como Na Real. que se tornou fenômeno de popularidade. Em 2000, com o surgimento do Big Brother e da Expedition Robinson na Europa, assim como Survivor nos EUA, houve multiplicação de shows baseados em reality shows, sendo que a crítica e a população sentiram que com gosto questionável.
No Brasil, pode-se dizer que a "onda" de reality shows começou, basicamente, com o programa No Limite, baseado em Survivor, em 2000. Em 2001, foi criado o programa Casa dos Artistas, fenômeno notável de audiência do SBT. Em 2002, surgiu o maior expoente deste gênero no Brasil, o programa Big Brother Brasil.
O termo Reality show é conhecido por mostrar, de forma simulada, uma realidade. Em tais programas não há roteiros a serem seguidos e os participantes têm que resolver problemas ou apenas conviver com outros participantes, como no caso do programa Big Brother e outros. Os chamados reality shows entretêm as pessoas com a reação de seus participantes em apenas viverem um cotidiano ou realizarem alguma prova.
Alguns outros reality shows como O Aprendiz ou O Desafiante - 2005, levam aos seus participates desafios que eles poderiam encontrar em suas profissões ou em suas próprias vidas. Há Esquadrão da Moda também, cada episódio apresenta uma "vítima" de moda e reforma do seu guarda-roupa.
É certo que os reality shows mostram na íntegra um assunto intrigante a todos, a interação entre as pessoas, apesar de cada um dos mesmos possuir suas peculiaridades.
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