sábado, 14 de fevereiro de 2009

Crise? What crise?

Crise? Que crise?

O mundo globalizado parece atravessar uma crise financeira gigantesca, pelo menos é isto que nos informa de maneira dramática e desesperada os meios de comunicação. Na esteira desta crise, empresas anunciam demissões em massa – grandes empresas estão mandando gente embora aos borbotões. No Brasil a mídia escrita e televisiva anuncia com grande alarde o número da crise, justificando as demissões e criticando de maneira velada os investimentos “irresponsáveis” do governo na área social. No entanto, o que me parece (e eu não sou especialista no assunto e estou emitindo uma simples opinião) é que esta suposta crise é mais “psicológica” do que real. Os números da econômica, no Brasil, são bastante positivos: no último trimestre o país obteve um crescimento satisfatório da produção industrial com muitas empresas diversificando os investimentos. Setores como o automobilístico continuam crescendo como antes e outros setores continuam expandindo. Segmentos da classe C e D participam ativamente da economia ampliando o consumo e introduzindo novos itens no seu dia-a-dia. A inadimplência diminuiu e as compras a crédito (talvez reflexo do fator psicológico da “crise”) estão mais restritas.
Apesar disso, os jornais televisivos, principalmente, continuam falando em crise afetando todos os segmentos sociais e econômicos, até o Carnaval da Bahia! Pois bem, peguemos o exemplo das emissoras de TV, as que mais reclamam da “crise”: Nos últimos tempos as três maiores redes de televisão tiveram um faturamento recorde com anúncios (o que de fato as sustentam). O SBT de Sílvio Santos, que tem perdido espaço nos últimos anos, faturou com publicidade a fabulosa quantia de 700 milhões de reais. Isto não impediu que a emissora anunciasse o corte pela metade do salário de uma de suas maiores estrelas, Hebe Camargo (coitada da perua!). A Record, que vem crescendo bastante ultimamente, faturou nada menos que um bilhão e oitocentos milhões de reais. A Globo, com suas cinco emissoras – líder absoluta - faturou, pasmem!, 9,5 bilhões! Não parece que elas choram de barriga cheia? E as grandes corporações mundiais, anunciando cortes gigantescos de funcionários? Não parece desculpa para demitir em massa? A crise anunciada não parece desculpa para tubarões grandes engolirem tubarões médios e pequenos? Há algo de podre no reino da Dinamarca.

Um comentário:

  1. CRISE? QUE CRISE?
    Wall Street Journal anuncia planos de expansão

    em 12/2/2009

    Na contramão da crise, o jornal financeiro Wall Street Journal divulgou esta semana planos de expansão de sítios dedicados a notícias na Ásia e Europa, noticia a AP [9/2/09]. Além disso, o diário lançou um sítio regional para a Índia. Com isso, foram contratados profissionais para as redações em Hong Kong, Londres e Nova Déli. O anúncio de expansão veio alguns dias depois de o WSJ informar que cortaria cargos nas redações, por meio de demissões, voluntárias ou não, e eliminação de posições em aberto.

    O WSJ.com Mobile Reader, dispositivo que permite a leitura do jornal nos celulares Blackberry, está disponível agora na Europa e Ásia com seções regionais. Os leitores asiáticos podem ler as notícias em mandarim. Neil McIntosh, editor do WSJ.com em Londres, será responsável pela administração do sítio europeu. Elana Beiser será editora do sítio asiático e Anirban Roy, do indiano.

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