(the war of the roses) EUA, 1989 - Direção Danny DeVito
Quem gosta de cão case com quem gosta de cão, quem gosta de gato, idem. Desde os tempos dos gregos antigos a comédia e a tragédia significavam um espaço onde era possível fazer associações através de reconhecimento/estranhamento, por meio de metáforas e simbolismos, das questões inerentes à sociedade e da dinâmica constitutiva da existência do cidadão e do seu papel na pólis. Assim, o teatro grego tinha a função de criar percepções de identidade e de alteridade, estabelecendo limites e balizamentos para a vida cotidiana. Os excessos e as faltas eram devidamente punidos no desenlace (na tragédia) e os personagens e as situações descomedidas eram criticados e ridicularizados (na comédia).
A Guerra dos Roses é, talvez, uma das comédias mais amargas de Danny DeVito. Um casamento em que tudo parecia perfeito... Um marido com uma carreira em ascendência, esperando da esposa nada além de um papel secundário na sua trajetória. Ele, confiante no seu brilhantismo. Ela, conformada com sua mediocridade. Junte uma esposa entediada e buscando uma afirmação profissional com um marido desinteressado que só pensa no seu trabalho e temos um casamento aparentemente feliz transformando-se em uma tragédia. Michael Douglas, Kathleen Turner e o próprio Danny DeVito estão ótimos nos papeis do marido (Oliver), da esposa (Bárbara) e do advogado que tenta os aconselhar no divórcio.
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