segunda-feira, 13 de julho de 2009

Uma imagem ou mil fragmentos de imagem?



Um Flerte de Marlyn Monroe ou Uma Global ao Celular?


Quando o leitor comum folheia as páginas o seu jornal preferido -ato relíquia entre os mais jovens, e vê uma foto, não repara nos pequenos nomes , geralmente anotados bem perto da imagem: é ali que está na maioria das vezes o autor daquela que talvez seja uma das formas da artes mais subestimadas que é a foto jornalística. Não analisam a medida do esforço que o repórter fotográfico (prefiro usar o termo antigo. Alem de mais completo define melhor esses mestres numa época em que digital era apenas o nome da marca em que os dedos deixavam na cena de um crime ) Apesar da data de 2 de setembro, do qual é comemorada o dia mundial dessa turma –sim eles também tem um dia– estar longe, poderíamos dizer que as comemorações já começaram: O CCJE inaugurou a exposição Quadro a Quadro com obras de Luiz Carlos Barreto. Um dos maiores expoentes do movimento intitulado Cinema Novo, já foi diretor de fotografia- trabalhando até com Glauber Rocha em Terra e Transe, roteirista, produtor e colecionador sucessos como Dona Flor e seus dois Maridos com Sonia Braga e fracassos comerciais como a Paixao de Jacobina com Letícia Spiller . Mas foi nos anos 50 , como repórter fotográfico na revista O Cruzeiro que deu um grande impulso ao fotojornalismo brasileiro: “Naquela época formamos em O Cruzeiro uma corrente que se opunha ao fotojornalismo exibicionista e pregava um olhar contemplativo, a lá Bresson(famoso fotógrafo): a regra era não interferir, não deixar-se perceber pelo fotografado e buscar o olhar interpretativo que nasce da emoção flagrada no olhar, no gesto, na composição dos elementos”. diz Barreto .

Infelizmente nos tempos atuais quem faz mais sucesso são os paparazzi e suas incríveis e inusitadas fotos, feitas com verdadeiros malabarismos físicos e verbais. Provavelmente eles poderiam fazer muito mais porém são essas as fotos mais requisitadas por quase toda mídia impressa, afinal estamos vivendo uma época em que é o povo que dita o que (não) quer ver .E , o que antes era surpresa e deslumbramento virou banalidades com a duração dos segundos de uma virada de página, de mouse ou de um simples toque de dedo.

Um comentário:

  1. Sem problemas! sinal de que vc leu e gostou. E nesse "digital word" o que menos se faz é ler. A galera esta mais preocupada em se integrar em artes mais profanas....nada contra mas as vezes é bom equilibrar o sagrado com o profano.

    So vou te dar um toque de uma coisa que ja notei no seu blog: Quanto maior o texto, menos leitores. Eu escrevia banstante ate que vi que , quando eram postagens menores , as pessoas liam mais- isto é , se o seu motivo for que muita gente leia, diminua um pouco seus textos. Eu gosto deles assim, porem sei que sou uma raridade em tempos virtuais.

    Agora só uma perguntinha: Por que o Professor ganhou uma "lambida" referencial do blog e o meu nao? Magoei....

    Abraçao meu amigo!

    André

    ResponderExcluir