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terça-feira, 3 de novembro de 2009
Guerrilheira gonçalense!
Até que enfim um motivo de orgulho para esta cidade-cemitério!
Militante do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC do B).
Nasceu em 22 de junho de 1944, em São Gonçalo/RJ, filha de José Augusto de Souza e Jovina Ferreira.
Desaparecida na Guerrilha do Araguaia em outubro de 1973.
Jovem de origem pobre, com grandes dificuldades conseguiu ingressar na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Participava ativamente no movimento estudantil e era responsável, junto com Jana Moroni (desaparecida) pela impressão e distribuição do jornal “A Classe Operária”, nos anos de 1969 a 1970. Cursava o 4° ano de Medicina e era estagiária no Hospital Pedro Ernesto, quando abandonou a cidade indo viver na região do Araguaia, próximo à localidade de Brejo Grande. Destacou-se como parteira, sendo por isto muito estimada.
Muito carinhosa e dedicada, rapidamente conquistou a amizade dos companheiros e moradores. Esforçou-se bastante para se adaptar à região, chegando a superar muitos companheiros homens no trabalho pesado, da derrubada da mata, no uso do facão e na capacidade de transportar grandes pesos.
Sua vontade de aprender sempre mais, levava-a a estudar até tarde da noite, sob a luz de lampião, tanto os compêndios de medicina como os livros do marxismo. Era grande apreciadora de música clássica.
Era membro do Destacamento A – Helenira Resende.
Em combate, foi ferida e presa, sendo morta em 24 de outubro de 1973.
Segundo o Relatório do Ministério do Exército, Lúcia “foi morta no dia 24/10/73 em confronto com as forças de segurança ocorrido entre Xambioá/GO e Marabá/PA”.
Em entrevista à Revista “Isto É” de 4 de setembro de 1985, o major Curió diz que a mesma foi ferida, caiu e sacou de um revólver escondido na bota, ferindo-o no braço e a um capitão do CIE, no rosto, em seguida foi metralhada pelos outros militares.
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