quinta-feira, 16 de abril de 2009

Feitores do Século XXI


A escravidão no Brasil parece que não terminou no final do século retrasado...
Práticas comuns do século XIX ainda são vistas direcionadas contra as pessoas humildes, o povo em geral.
A polícia e congêneres que a princípio deveriam cuidar da segurança e bem-estar da população, não perdem tempo e oportunidade de açoitar os desavisados.
Como nos tempos da escravidão, o castigo era praticado por escravos e libertos contra pessoas de sua própria cor e condição social.
Agentes ferroviários dando chicotada nos usuários (clientes que pagam pelo serviço e deveriam ser tratados com dignidade)!
Isto demonstra o descaso que as empresas privadas, concessionárias de serviço de utilidade pública, tratam seus usuários, justamente as pessoas que dão lucro à empresa. Na semana passada tivemos provas do descaso destas empresas com a diminuição do número de barcas circulando justamente no horário de pico. Passageiro indignados desejosos de voltar para casa após um dia estafante de trabalho simplesmente não encontraram embarcações suficientes para todos.
Está na hora das autoridades públicas reverem a concessão e o monopólio dessas empresas. Transporte deveria ser um serviço totalmente público!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Liberdade ou libertinagem da imprensa?

Chupado de Observatório da Imprensa

LEI DE IMPRENSA

Mistificações em torno da liberdade abstrata

Por Sylvia Moretzsohn em 7/4/2009


A causa da liberdade provoca paixões. Paixões que alucinam. Empolgado na defesa de sua proposta de abolição da Lei de Imprensa, na sessão em que o Supremo Tribunal Federal começava a discutir o tema, o deputado Miro Teixeira exagerou na metáfora clássica do "quarto poder": a imprensa não seria apenas representante do povo, seria o próprio povo. Assim resumiu O Globo a fala do deputado, na edição de quinta-feira (2/4):

"A imprensa são os olhos do povo. Requeiro que desapareça a possibilidade de pena a jornalista ou responsável pela publicação sempre que houver causalidade com o direito do povo e que nós possamos ter um país em que o povo possa controlar o Estado e não que o Estado possa controlar o povo, como temos hoje".

E o povo, como todo mundo sabe, "se vê" na Globo.

Caberia perguntar, então, qual o sentido da democracia e da realização regular de eleições diretas para os mais variados cargos legislativos e executivos do poder do Estado, qual o sentido da existência dos mais diversos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, se quem nos representa – perdão: quem incorpora nossa identidade – são as empresas de comunicação?

Grandes empresas privadas de comunicação, segundo o modelo vigente no país.

Grandes empresas privadas podem ser a referência de expressão do interesse público?

Quem sabe a pergunta nem faça sentido, pois é forçoso reconhecer que, identificada com o "povo", a imprensa estabeleceria essa "linha direta" – portanto, sem mediações – comprometida com a expressão daquilo que outro deputado, em outra ocasião, chamou de "instintos mais primitivos". Afinal, o "povo" é assim.

Entretanto, vindo de quem vem, o raciocínio nem é tão surpreendente. Num passado relativamente recente, numa das muitas vezes em que os exageros televisivos expressavam precisamente esses "instintos" e levaram à discussão sobre a necessidade de se estabelecer limites para a programação, Miro Teixeira, então ministro das Comunicações, argumentava singelamente que "o melhor controle é o controle remoto" [CartaCapital, "Globo: questão de Estado", 1/10/2003]. Era uma declaração absolutamente coerente com a lógica neoliberal da democratic marketplace, na qual o cidadão é assimilado ao consumidor e o consumidor "tem sempre razão". Hoje, porém, com o abalo provocado por uma crise financeira global de consequências ainda imprevisíveis, conviria refrear um pouco esse ardor em torno do mercado.

Liberdade de expressão x liberdade de imprensa

Retornemos ao argumento original. Esse "direito do povo" a que o deputado se refere é o direito à liberdade de expressão, automaticamente identificado ao da liberdade de imprensa. Seria importante desfazer o equívoco, porque afinal se trata de duas coisas diferentes: bastaria indagar, por exemplo, se o jornalista funcionário de uma empresa goza de tal liberdade; ou mesmo se "o povo" não teria a sua liberdade de expressão restrita quando envia uma carta não publicada ou – nesses tempos de "cidadãos-repórteres" – manda uma colaboração ou denúncia que acaba descartada. (Neste segundo caso, a resposta óbvia é não, porque não há jornalismo sem edição, e editar significa fazer escolhas. Jornais devem zelar por sua linha editorial. Além disso, em qualquer suporte diferente da internet, têm espaço limitado).

Mas essa confusão é muito adequada quando se deseja tratar abstratamente desse tema tão delicado que é a liberdade de imprensa, esquecendo-se convenientemente as condições concretas em que se pratica o jornalismo e os interesses envolvidos no negócio da imprensa, especialmente num contexto de forte concentração dos meios de comunicação.

veja texto completo no Observatório da Imprensa

sábado, 11 de abril de 2009

Os Judas estão à solta - Cuidado!









São muitos os judas, escolha um para malhar!

Hoje é dia de malhar os Judas...








Sábado de Aleluia, tradicionalmente, é o dia de malhação do Judas. Mas, coitado do cara, ele merece ser tão malhado? Acho que trata-se mais de um bode expiatório que esconde os verdadeiros crápulas. Os traidores estão à solta!

Pedro Luís e a Parede


O novo trabalho de Pedro Luís e a Parede está imperdível!
Eis uma palhinha do trabalho: duas canções sensacionais!!!!

Santo Samba
Pedro Luís & A Parede
Composição: Pedro luis

Parei pra pensar um pouco
Quão louco que está o mundo
Do jeito que as coisas andam
Um dia ainda largo tudo

Os Santos estão pirando
Não dão conta da demanda
Se eles sartam de banda
Nos resta seguir cantando

Deixo as mágoas para trás
Deixo tudo que não presta
Desligo os problemas
E chamo os amigos pra fazer a festa

Vou cuidar de sambar
Vou cantar pra valer
O samba é um santo remédio
Pra quem quer viver




4 horizontes
Pedro Luís & A Parede
Composição: Pedro Luis e Lenine

É que no fim da estrada
Eu vejo quatro horizontes
Há mar
Há montes de histórias
Mistérios
Sedes distintas

Aquilo que te sacia
Pra mim é um três por quatro
O que retrata meu medo
Pra você não tem segredo

O que pra ti é degredo
Pro outro é porto seguro
Seu furo de reportagem
Pra nós é mera bobagem

Viagem sem paradeiro
Nos faz tão perto e distantes
Depois da minha chegada
Sua partida, seu antes

Estrada de quatro sentidos
Encruzilhada de destinos
Quanto mais flor mais mulher
Quanto mais velho mais menino

Ponto Enredo
Batucada é (instrumentos usados no disco):
Alfaia, atabaque, baixo, baixo véio, baixo fretless, barril, bateria, bateria de 1ª, 2ª e 3ª, blateria, caixa, caixa de lata, caixa sem esteira, caixocalho, carreteiro, cavacão, cavaco, caxixi, chapa galvanizada, chocalho, congas, cowbell, cuíca, ganzá, guiro, guitarra, guitarra de 10 cordas, naipe de agogôs, naipe de ferros, naipe de pratos, pandeirada, pandeiro, pratos, quinto, reco-reco, repique, repique de anel, rocar, space reco, surdo, tamborins, triângulo, tumbadora, violão de 12 cordas, violão de aço, violoão wah-wah, violões, zabumba, zabumbatera, 101 takes de guitarra.

Destaque para a benção final de Léo Leobons, cantando e comandando o trio de batás, formado por ele, Léo Saad e João Gabriel, no Aro de Yemanjá que fecha o cd.

Release por Hugo Sukman
“Ponto enredo” poderia até ser classificado como um disco de samba - O disco de samba de Pedro Luís e A Parede - tal a profusão e a variedade com que o santo ritmo brasileiro é evocado neste quinto CD do conjunto carioca. Cantor e grupo, no entanto, modestamente preferem não falar o nome do santo gênero em vão. “Não somos um grupo de samba e venho notando que hoje em dia ele vem sendo utilizado como subterfúgio para classificar quem faz simplesmente música brasileira”, conceitua Pedro. “E ‘Ponto enredo’ é isso, um disco de música afro-brasileira ampla, que é característica da Parede, com muito samba e influência afro-cubana, e aquele peso rock’n’roll. Mas o fato é que, por diversos motivos, tenho composto muitos sambas e isso se reflete no repertório do disco”.

O samba, de fato, entra pela porta da frente de “Ponto enredo”. Senão ouçam o partido alto “Ela tem a beleza que nunca sonhei”, com direito a participação especial do mestre contemporâneo do gênero, Zeca Pagodinho, do violão de Paulão 7 Cordas (diretor musical dos shows de Zeca) e de Serginho Trombone. Notem como a parede percussiva da Parede (com inovadora pandeirada dando o molho) renova o samba sem descaracterizá-lo; como a guitarra elétrica do convidado Leo Saad convive bem com o cavaquinho de Pedro conduzindo a harmonia; como o baixo melódico e “pesado” de Mario Moura dialoga com o trombone, como enfim o partido alto de Pedro está gostoso e diferente relido pela Parede.

Na letra, evidentemente dedicada a uma musa que se relaciona com a tradição musical brasileira, o samba em primeiro lugar, Pedro revela nas entrelinhas o porquê de tanto samba no disco: “Contou-me lindas histórias/Cantou as belas memórias/De seu álbum de canções”.

O samba abre o disco. Ou melhor, um “Santo samba”, espécie de manifesto tanto na letra (“Vou cuidar de sambar/ Vou cantar pra valer/ O samba é um santo remédio/ Pra quem quer viver”), que invoca o gênero como motivo de festa e antídoto para os problemas do mundo, como na estética, desejada pela Parede nos seus já mais de dez anos de carreira, de um novo samba de pegada pop. O samba pop aliás, permeia as produções do grupo nos quatro CDs já lançados, mas também no trabalho paralelo de renovação do repertório carioca de carnaval feito no Monobloco , criado e conduzido pelos Integrantes da PLAP (Pedro Luís e A Parede).

No decorrer do disco, o samba reaparece com diversas roupagens. Vem como samba-de-roda em “Mandingo”, parceria de Pedro Luís com o baiano do Recôncavo Roque Ferreira, talvez o maior expoente atual do gênero, fornecedor de sucessos para Zeca Pagodinho, como “Água da minha sede” e “Samba pras moças”. Vem em forma de “samba de velho” (como define Pedro o samba tradicional) em “4 horizontes”, parceria com o produtor do disco, Lenine. E vem também como samba-funk em “Tem juízo mas não usa”, parceria de Pedro com o também pernambucano Lula Queiroga. Ou num samba calangueado como “Cantiga”, que Pedro sacou do poema de Manuel Bandeira. Ou ainda no samba-heavy (definição de Pedro) “Repúdio”, parceria com o letrista paulista Carlos Rennó, a letra sofisticada – toda com rimas paroxítonas – e direta.

São sambas, sim, mas com todo o molho da Parede. Notem o peso que A Parede dá a “Mandingo”, um samba-de-roda já diferentão em seu tom menor. “4 horizontes”, originalmente composto para o filme “Diabo a 4”, comédia de Alice Andrade, é um samba tradicional que também ganha peso percussivo e vocal de um Lenine com jeito nordestino. Em “Tem juízo mas não usa”, a Parede usa todo seu repertório percussivo e todos os efeitos e recursos eletrônicos de estúdio, delays, reprocessamentos, etc. sob a batuta do MiniStereo (Rodrigo Campello e Junior Tostoi)

“Cantiga”, samba com influência do calango mineiro-baiano, como tantos de Martinho da Vila e Roque Ferreira, é um achado que segue a linha conceitual do disco, a do samba como antídoto para toda tristeza e falta de esperança, a despeito do sutil duplo sentido do poema de Bandeira (que usa o mar como metáfora da morte): “Quero ser feliz/ Nas ondas do mar/ Quero esquecer tudo/ Quero descansar”. A presença do candomblé (“Quem vem me beijar?/ Quero a estrela d’Alva/ Rainha do mar”) e o clima de samba-de-roda à beira-mar são outras características recorrentes.

O molho afro-cubano-brasileiro que caracteriza A Parede é protagonista da canção que dá título ao disco, “Ponto enredo”. Situada na longa tradição da relação entre música brasileira e as religiões de matriz africana, “Ponto enredo” está mais para umbanda na primeira parte, mais para candomblé na segunda. Notem a influência de um Noriel Vilela na primeira, de uma Clara Nunes na segunda. O baixo criativo de Mario Moura, lindo, melódico, dialoga à perfeição aqui com a bateria de C.A. Ferrari, a tumbadora de Celso Alvim, as congas de Sidon Silva, A Parede numa das gravações mais coesas do disco. “Ponto enredo”, inventiva já na proposta do novo subgênero musical proposto no título, foi composta por Pedro para uma encenação de “Sonhos de uma noite de verão”, de Shakespeare, pelo grupo teatral Nós do Morro, formado por atores da favela do Vidigal, no Rio de Janeiro, o que reforça ainda mais a vocação híbrida da música e de todo trabalho de Pedro Luís e A Parede.

O afro-cubano também influencia o samba “Cabô”, antiga parceria de Pedro com Zé Renato. Outro samba-de-roda de beira de praia, ganha contornos africanos nos vocais de inspiração juju music e no tratamento percussivo. Em faixa oculta anexada a esta, com a participação de Leo Leobons - mestre da linguagem dos tambores de Cuba, o disco é fechado com “Aro de Iemanjá”, domínio público oriundo do folclore cubano todo executado por batás, tambores sagrados da ilha do Caribe. “, Não há como trabalhar com percussão sem passar pela música afro-cubana e afro-brasileira”, diz Pedro.

Outros gêneros musicais fazem, no entanto, parte da pesquisa d’A Parede e de “Ponto enredo”. “Luz da nobreza” é uma linda folia de reis, mais um fruto da parceria de Pedro com Zé Renato, que conta a participação especial de Roberta Sá, num belo e melodioso contracanto. “Animal” é uma canção blueseada, em parceria com Suely Mesquita, na qual A Parede trabalha com compassos 6/8 – sem fugir da sua linguagem percussiva de influência afro-cubana.

Produzido pelo parceiro de longa data, Lenine, o disco tem um formato musical poderoso e rigoroso, o(s) samba(s) relido(s) pelo filtro pop e afro-cubano de Pedro Luís e A Parede, com letras gregárias, que chamam o ouvinte para a festa, para repudiar o que há de ruim e celebrar a vida. Ou, como ensina “Santo samba”: “Vou cuidar de sambar/ Vou cantar pra valer/ O samba é um santo remédio/ Pra quem quer viver”.

Miniconto de Celso Lungaretti


UM MINICONTO
O NOVÍSSIMO TESTAMENTO

Era Deus. E como Se enfadasse na eterna contemplação do Seu umbigo, criou o Céu e a Terra. Fez brotarem as plantas e nascerem os animais. E, à Sua imagem e semelhança, engendrou o homem. "Deveria ter tomado uma cervejinha antes de toda essa trabalheira", pensou Ele.

Mas, Sua criação estava imperfeita. De que lhe valia esse panaca pelado a coçar eternamente o saco? Precisava pôr um pouco de ação no Paraíso terreno, caso contrário teria de agüentar uma chatice infernal.

Se fosse um diretor de cinema estadunidense, produziria uns vilãos quaisquer que parecessem ameaçar o way of life da única nação que importa no mundo, botando Adam para caçá-los com requintes de extrema violência. "Negativo. Para Minha biografia ficar bem bíblica, é melhor que nada Me vincule à linhagem de Átila, Hitler ou George W. Bush."

Também Lhe passou pela cabeça duplicar Adão e ficar vendo menino brincar com menino. Mas, desistiu: "Isso começa num mero troca-troca, mas acaba virando parada de orgulho gay. E a Igreja que fundarão em Meu Nome vai falir de tanto pagar indenizações por assédio de menores..."

Então, só lhe restou criar o oposto, dando o pontapé inicial na dialética. "A Teologia da Libertação vai ficar me devendo essa."

Mas, sendo Uno, o Criador não suportou assistir à livre interação dos princípios masculino e feminino. Ficou com ciúmes dessa complementação perfeita, com Adão e Eva tendo a cada instante a alegria de descobrir amorosamente a si e ao outro.

"Vou acabar com essa bem-aventurança toda", decidiu Deus, ao distribuir as tarefas do dia para Satã.

Bastou uma maçã, e pronto! Homem e mulher nunca mais se deram tão bem nem foram tão felizes juntos.

E Deus, contemplando in seculo seculorum as disputas banais da força contra a intriga, foi ficando tão bobo como os espectadores das novelas da Globo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fujimori free

Caras de pau, em todo lugar tem um monte. E por falar nisso, não é que a onda dos amigos da Eliana Trambichese pegou também no Peru?
Agora querem livrar a cara do marginal amigo do FHC. Quanto cinismo dessa gente!

veja postagem completa em: Língua de Trapo

terça-feira, 7 de abril de 2009

Visões Periféricas 2009

Novas mostras competitivas no Festival Visões Periféricas 2009

As inscrições estão abertas para qualquer realizador, independente de sua origem, cuja obra contribua para repensar o conceito de periferia

A pedido de produtores e internautas de todo o Brasil, o Visões Periféricas lança mais duas mostras competitivas. No novo formato do festival, qualquer realizador independente de sua origem ou classe social, pode concorrer na mostra, agora competitiva, Fronteiras Imaginárias. Ex-alunos de projetos e oficinas de formação em audiovisual, com mais de três anos de formado, ganham este novo espaço para exibir suas obras.

O objetivo é misturar as produções, promovendo novos olhares, repensando conceitos e visões sobre a periferia. Neste embalo da mistura, entra em cena as novas tecnologias e suas múltiplas possibilidades. A competitiva Tamojuntoemisturado é destinada a vídeos de até 03 minutos, feitos através de câmera digital e de aparelho celular, e webcam. Nesta modalidade, todos que tenham um filme na gaveta ou na cabeça podem se inscrever.

O Visões Periféricas se completa com a tradicional mostra Visorama (competitiva somente para alunos e ex-alunos de projetos e oficinas de formação audiovisual das múltiplas periferias do Brasil) e as temáticas Cinema da Gema (para produções cariocas e fluminenses), Periferia Animada (obras que retratam o universo infantil) e a internacional Mostra Ibero-Americana (produções advindas de organizações que trabalham a formação audiovisual de crianças e jovens na América Latina, Portugal e Espanha).

O festival é organizado pela Imaginário Digital, associação cultural que atua na área de Educação e Novas Mídias. As inscrições estão abertas até o dia 17 de maio no endereço eletrônico www.visoesperifericas.org.br. Participe!



Visões Periféricas 2009

Janela para múltiplos olhares e novas tecnologias



Mais informações:

Karine Mueller
Imaginário Digital
T: + 55 21 2553 0203 | 9852 0085
www.visoesperifericas.org.br

Pelé perde a majestade para Lula!


Depois que o presidente Barack Obama derreteu-se em elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num momento de descontração durante a reunião do G20(que reúne as maiores potências do planeta), em Londres, Inglaterra - "esse é o cara", disse Obama para Lula, diante dos holofotes da mídia mundial -, lembrei-me de comentários feitos pelo vice-presidente José Alencar, no programa Roda Viva, veiculado na TV Cultura, semana passada.

Alencar afirmou que Pelé perdeu a majestade para Lula. Segundo ele, no exterior, onde antes o ex-craque era lembrado como sinônimo do Brasil, agora o nome em voga é do petista. Alencar não chegou a defender a possibilidade de um eventual terceiro mandato, mas lembrou dados que apontam Lula o preferido dos brasileiros em todas as pesquisas de opinião até agora realizadas.

veja mais em: Apenas uma idéia, só isso

Não leia mais lixo!



Participe desta campanha!

Não leia mais lixo!


A baixaria só está começando...

“Grupo de Dilma planejou o seqüestro de Delfim Netto”. Com esta manchete espalhafatosa, que lembra os veredictos dos verdugos do regime militar, a Folha de S.Paulo deu início à campanha de baixarias contra a candidata preferida de Lula. O jornal, que se desgastou e perdeu assinantes ao qualificar a sanguinária ditadura de “ditabranda”, não recua. Ele utilizará todos os meios sujos para “torturar” a ministra Dilma Rousseff, visando fustigar a sua campanha à sucessão de 2010.

A reportagem, inclusive com a “ficha policial” de Dilma, parece ter sido feito sob encomenda para a campanha publicitária do tucano José Serra – que, apesar de ter vivido no exílio durante o regime militar, preferiu se omitir diante do neologismo “ditabranda”, reforçando seus laços com o que há de mais reacionário na sociedade. A ministra é apresentada como assaltante de bancos e planejadora de operações de assassinatos. A imagem construída é de uma “terrorista perigosa”.

A família terrorista dos Frias

A atual ministra até foi entrevistada e negou, de forma taxativa, qualquer participação no plano de seqüestro do ex-ministro Delfim Netto, tzar da economia no regime militar. Mesmo assim, o jornal da Famíglia Frias preferiu estampar na capa o título espalhafatoso, sabendo que milhares de leitores são deformados na leitura instantânea das manchetes e na visualização das fotos. A grosseira manipulação até permitiria a abertura de um processo jurídico por danos morais.

A reportagem, como é comum neste “jornalismo canalha”, também peca por não contextualizar o fato. A ministra fica com a pecha de “terrorista”, já a Famíglia Frias, que apoiou o golpe militar, cedeu suas peruas para transportar presos políticos à tortura e respaldou o setor “linha dura” dos generais fascistas, surge como partidária do jornalismo investigativo e independente. Um engodo que dá ânsia de vomito – ou azia, conforme afirmou o presidente Lula sobre a leitura de jornais.

A nova baixaria da Folha pode, porém, trazer frutos positivos. Mais leitores enojados com tanta manipulação poderão cancelar as suas assinaturas, afetando o bolso e atiçando as brigas entre os herdeiros da Famíglia Frias. Ela também revelou uma ministra que não se intimida diante do terrorismo midiático. Provocada pela repórter, Dilma não vacilou em criticar a Folha. “Minha filha, esse seu jornal não pode chamar a ditadura de ditabranda, viu? Não pode, não. Você não sabe o que é quantidade de secreção que sai de um ser humano quando ele apanha e é torturado”.
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Fonte: Altamiro Borges - Blog do Miro

domingo, 5 de abril de 2009

O sentido da Páscoa!



-Papai, o que é Páscoa?
-Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!
-Igual ao Natal?
-É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressureição...
-Ressurreição?
-É, ressurreição. Marta , vem cá !
-Sim?
-Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
-Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu ?
-Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?
-O que é isso menino?
- Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu ! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã ! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola ? Deus me perdoe ! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
-Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus ?
-É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
-O Espírito Santo também é Deus?
-É sim.
-E Minas Gerais?
-Sacrilégio!!!
-É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?
-Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
-Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa ?
-Eu sei lá ! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
-Coelho bota ovo ?
-Chega ! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais !
- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa ?
-Era... era melhor,sim... ou então urubu.
-Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né ?
-Que dia ele morreu ?
-Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.
-Que dia e que mês?
- (???)
-Sabe que eu nunca pensei nisso ? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressucitou três dias depois, no Sabado de Aleluia.
-Um dia depois!
-Não três dias depois.
-Então morreu na Quarta-feira.
-Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas ? Ah, garoto, vê se não me confunde !Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como ? Pergunte à sua professora de catecismo!
-Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua ?
-É que hoje é Sabado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
-O Judas traiu Jesus no Sábado ?
-Claro que não ! Se Jesus morreu na Sexta !!!
-Então por que eles não malham o Judas no dia certo ?
-Ui...
-Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
-Cristo. Jesus Cristo.
-Só ?
-Que eu saiba sim, por quê?
-Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
-Ai coitada!
-Coitada de quem?
-Da sua professora de catecismo!

Obama é o cara! Será que é mesmo?


Parece-me, sinceramente, que o título que o Kennedy Alencar deu para o seu artigo foi, digamos assim, uma espécie de salvaguarda para não aborrecer aos seus patrões. Um protetor de fiofó, eu diria. Afinal de contas, convenhamos, Obama ainda nada fez, ou, na melhor das hipóteses, sequer teve tempo para mostrar, concretamente, tudo aquilo que prometeu em campanha e, que aparentemente ele está disposto a fazer. Poderíamos até dizer, então, que ele ainda estaria na fase da "espuma", termo este bastante recorrente nas análises dos agourentos de plantão.


Ao contrário de Obama, Lula muito já fez, como o próprio Kennedy reconhece e faz ressaltar em seu artigo. (mas os destaques são por minha conta)


Devemos, então, perguntar ao Kennedy Alencar:


- Por que o Obama é o cara?

Obama é o cara
04/04/2009

O encontro do G-20 em Londres foi muito positivo para o Brasil, um dos países que mais brigaram para que o G-8 fosse ampliado e passasse a dar ouvidos a economias emergentes antes ignoradas.

O G-20 reúne as 20 maiores economias --responsáveis por cerca de 80% da produção planetária. O G-8 é o grupo dos sete países mais industrializados mais a Rússia, uma potência militar de peso.

É inegável o mérito da política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sentido de pressionar os países mais ricos a levar em conta o que pensam as nações em desenvolvimento e as mais pobres.

Lula abandonou a retórica do coitadinho. Mesmo sofrendo críticas internas de mania de grandeza, agiu como líder de um país de peso, com concessões aos mais pobres e críticas aos mais ricos.

Os exemplos são muitos. Há a missão brasileira no Haiti a serviço da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil estreitou laços com países africanos e árabes. Assumiu posições ousadas nas negociações da emperrada rodada Doha. Não adotou tom imperialista com a Bolívia. Mediou com maturidade o esquerdismo infantil de Hugo Chávez, mas também soube reconhecer méritos do governo venezuelano e apontar equívocos dos EUA.

Juntando tudo isso, não é pouca coisa.

Os elogios de Barack Obama a Lula foram reconhecimento da maior importância que o Brasil ganhou nos últimos anos.

No Brasil, as leituras do vídeo em que Obama chama Lula de "meu chapa" foram do ufanismo ao desprezo. Ora, o homem mais poderoso do planeta, um craque em marketing como Lula, sabe muito bem o peso das palavras e das imagens.

Para Obama, Lula "é o cara" que será um parceiro importante para a política externa de Washington na América Latina e nos grandes fóruns mundiais, como ONU e G-20.

Corretamente, bastante já foi dito sobre Obama ser o primeiro presidente americano a não se relacionar com o resto do mundo com aquele ar de imperador romano. Os sinais cordiais para as nações islâmicas, a abertura para se relacionar com Cuba e o evidente gesto de apreço por Lula mostram que ele pode, sim, liderar uma mudança positiva no planeta.

Dá esperança de que um outro mundo é realmente possível. E vale a pena torcer por isso, sem ingenuidade e ciente de que grandes transformações podem levar tempo. Mais: os desafios do presidente americano são enormes, da crise econômica mundial a duas guerras complicadas. Apesar do necessário ceticismo em relação à capacidade de uma pessoa fazer a diferença, Obama é o cara certo no lugar certo na hora certa.

fonte: Língua de Trapo

sábado, 4 de abril de 2009

2000 anos de crime terror e repressão

Há cerca de 2000 anos, nascia na Galiléia um fundador de seita, que acabaria crucificado uns trinta anos mais tarde. Algumas de suas últimas palavras na cruz foram "Dêem-me de beber". E só. A seita que ele tinha fundado tornar-se-ia, com o passar dos anos, a maior de todos os tempos. Ela tomará o poder político dentro do Império Romano, abolirá a liberdade de religião, depois ajuntará montanhas de cadáveres: os seus membros massacrarão milhões de "infiéis", "hereges", "feiticeiras" e outros, depois se matarão entre eles próprios, levando a Europa às guerras mais ferozes que ela conheceu. Um passado destes poderia incitar à modéstia, mas os cristãos reivindicam, pelo contrário, o monopólio da ética. Proclamam que adoram o Deus único, que deus é "amor", e se consideram melhores que o resto da humanidade.
Única ideologia capaz de dividir com o comunismo e o nazismo o pódio dedicado às ideologias mais mortíferas da história humana, o cristianismo mantém-se uma ideologia dominante em muitos países ocidentais, como o "gendarme do mundo", os EUA. Chegou a hora de abrir o "Livro Negro do Cristianismo: 2000 anos de terror, perseguições e repressão", que resume algumas das piores atrocidades cometidas em nome dessa ideologia que pretende promover o amor ao próximo.

Ver texto completo no blog da Raquel

sexta-feira, 3 de abril de 2009

LULA É O CARA!


Quem diria, hein? O Brasil em menos de 10 anos passou de devedor a credor internacional. Somos a 10ª economia do mundo e os indicadores sociais demonstram claramente uma melhoria no nível de vida das populações mais carentes, principalmente no Nordeste. Na reunião do chamado G-20, o Brasil teve voz ativa e decisiva, inclusive vai ajudar na superação da crise do capitalismo com injeção de recursos para o FMI.
Isso tudo promovido por um governante que muitos detratavam como “incompetente” (“compete, compete, mas não ganha nunca”), “analfabeto” (“como esse cara quer ser presidente se não sabe falar nem inglês?”), “feioso” (“ele não tem a elegância de um Fernando Collor, ou uma erudição de um Fernando Henrique Cardoso”), e “deficiente físico” (“nem todos os dedos da mão ele tem”). Todas essas barbaridades eram (e ainda são) ditas pejorativamente contra a figura de Luis Inácio da Silva, um metalúrgico nordestino que ousou galgar o degrau do poder e chegar à presidência da República.
“Louros de olhos azuis” (por favor, trata-se de uma metáfora!), aprendeis com os “mestiços” do mundo! Não fostes vós que mergulhastes o mundo nesta sinuca?

Brasil bem na fita e Lula melhor ainda

“Obama diz que Lula é o político mais popular da Terra”

Diz a nota:

“Obama troca um aperto de mãos com o presidente brasileiro, olha pra o primeiro ministro da Austrália, Kevin Rudd, e diz, apontando para Lula:

“Esse é o cara! Eu adoro esse cara!”

Em seguida, enquanto Lula cumprimenta Rudd, Obama diz, novamente apontando para Lula:

“Esse é o político mais popular da Terra”.

Rudd aproveita a deixa e diz:

“O mais popular político de longo mandato”.

“É porque ele é boa pinta…’, acrescenta Obama.

Para quem duvidar, a cena aparece em vídeo gravado pela BBC.

Na foto dos 31 líderes mundiais reunidos quarta-feira no encontro ampliado do G20 em Londres para decidir os novos rumos do planeta diante da crise, o presidente Lula aparece sentado, sorridente ao lado da rainha Elizabeth 2ª e do anfitrião, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

Atrás dele, em pé, com o mesmo sorriso franco, está o homem mais poderoso do mundo, Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos, que deixou o Clóvis Rossi tão encantado durante uma entrevista que nem falou da foto em sua coluna.

Pode parecer um detalhe banal, tanto que a foto não está nem na primeira página da Folha, o jornal que assino e leio no café da manhã. Também não se faz, nos caudalosos textos das páginas internas, qualquer referência à posição privilegiada do nosso presidente na foto oficial.

Quais foram os critérios? Quem determinou onde ficaria cada um dos líderes? Gostaria de saber. Será que não havia nenhum repórter lá quando este time dos donos do poder mundial se ajeitou e posou para a fotografia?

Trata-se de uma imagem emblemática sobre a nova posição que o Brasil ocupa no mundo, pois até pouco tempo atrás não era tão comum o nosso país participar de reuniões deste porte, muito menos o presidente brasileiro sair tão bem na foto, cheio de graça e moral.

“Para um torneiro-mecânico até que está bom demais…”, eu costumava brincar com ele quando o acompanhava a estas reuniões nos dois primeiros anos de governo. Até para o próprio Lula, acho que tudo isso já virou rotina e nem lhe chama mais a atenção.

Mais importante do que a imagem, porém, é a nova atitude da delegação brasileira nestes encontros. Ao invés de ir lá mendigar ajuda ao FMI para não quebrar, agora o Brasil toma a iniciativa de propor uma reforma deste organismo multilateral _ e se propõe a ajudar os países mais pobres.

“Vamos falar de igual para igual. Se for necessário colocar dinheiro como empréstimo, desde que não diminua nossas reservas, não tem problema. O Brasil não vai agir como se fosse um paisinho pequeno sem importância”, avisou Lula na entrevista que concedeu na viagem de trem até Londres, depois de almoçar com o presidente francês Nicolas Sarkosy, em Paris.

Ele agora pode falar isso porque o Brasil durante seu governo não só zerou a famigerada dívida externa como tem hoje mais de 200 bilhões de dólares em reservas internacionais.

Em seis anos e três meses de governo, o antigo líder sindical mudou a cara do Brasil lá fora e é recebido e respeitado pelos principais líderes mundiais como um igual. Hoje à tarde, por exemplo, terá um encontro bilateral solicitado pelo presidente da China, Hu Jintao.

Lula, de fato, não precisa ler os jornais brasileiros para saber o que pensam os homens que decidem os destinos da economia mundial. Fala diretamente com eles e por eles é ouvido como jamais aconteceu antes com qualquer outro presidente brasileiro.

Sei que alguns leitores vão se sentir injuriados e pessoalmente ofendidos com o texto acima. Mas estes são os fatos, meus caros amigos, não há mais como negar. E me sinto muito feliz por poder relatá-los a vocês, ao contrário de alguns colegas que insistem em esconder a realidade.

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Fonte: Balaio do Kotscho

Brasil: bem na foto

“Obama diz que Lula é o político mais popular da Terra”

Diz a nota:

“Obama troca um aperto de mãos com o presidente brasileiro, olha pra o primeiro ministro da Austrália, Kevin Rudd, e diz, apontando para Lula:

“Esse é o cara! Eu adoro esse cara!”

Em seguida, enquanto Lula cumprimenta Rudd, Obama diz, novamente apontando para Lula:

“Esse é o político mais popular da Terra”.

Rudd aproveita a deixa e diz:

“O mais popular político de longo mandato”.

“É porque ele é boa pinta…’, acrescenta Obama.

Para quem duvidar, a cena aparece em vídeo gravado pela BBC.

Na foto dos 31 líderes mundiais reunidos quarta-feira no encontro ampliado do G20 em Londres para decidir os novos rumos do planeta diante da crise, o presidente Lula aparece sentado, sorridente ao lado da rainha Elizabeth 2ª e do anfitrião, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

Atrás dele, em pé, com o mesmo sorriso franco, está o homem mais poderoso do mundo, Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos, que deixou o Clóvis Rossi tão encantado durante uma entrevista que nem falou da foto em sua coluna.

Pode parecer um detalhe banal, tanto que a foto não está nem na primeira página da Folha, o jornal que assino e leio no café da manhã. Também não se faz, nos caudalosos textos das páginas internas, qualquer referência à posição privilegiada do nosso presidente na foto oficial.

Quais foram os critérios? Quem determinou onde ficaria cada um dos líderes? Gostaria de saber. Será que não havia nenhum repórter lá quando este time dos donos do poder mundial se ajeitou e posou para a fotografia?

Trata-se de uma imagem emblemática sobre a nova posição que o Brasil ocupa no mundo, pois até pouco tempo atrás não era tão comum o nosso país participar de reuniões deste porte, muito menos o presidente brasileiro sair tão bem na foto, cheio de graça e moral.

“Para um torneiro-mecânico até que está bom demais…”, eu costumava brincar com ele quando o acompanhava a estas reuniões nos dois primeiros anos de governo. Até para o próprio Lula, acho que tudo isso já virou rotina e nem lhe chama mais a atenção.

Mais importante do que a imagem, porém, é a nova atitude da delegação brasileira nestes encontros. Ao invés de ir lá mendigar ajuda ao FMI para não quebrar, agora o Brasil toma a iniciativa de propor uma reforma deste organismo multilateral _ e se propõe a ajudar os países mais pobres.

“Vamos falar de igual para igual. Se for necessário colocar dinheiro como empréstimo, desde que não diminua nossas reservas, não tem problema. O Brasil não vai agir como se fosse um paisinho pequeno sem importância”, avisou Lula na entrevista que concedeu na viagem de trem até Londres, depois de almoçar com o presidente francês Nicolas Sarkosy, em Paris.

Ele agora pode falar isso porque o Brasil durante seu governo não só zerou a famigerada dívida externa como tem hoje mais de 200 bilhões de dólares em reservas internacionais.

Em seis anos e três meses de governo, o antigo líder sindical mudou a cara do Brasil lá fora e é recebido e respeitado pelos principais líderes mundiais como um igual. Hoje à tarde, por exemplo, terá um encontro bilateral solicitado pelo presidente da China, Hu Jintao.

Lula, de fato, não precisa ler os jornais brasileiros para saber o que pensam os homens que decidem os destinos da economia mundial. Fala diretamente com eles e por eles é ouvido como jamais aconteceu antes com qualquer outro presidente brasileiro.

Sei que alguns leitores vão se sentir injuriados e pessoalmente ofendidos com o texto acima. Mas estes são os fatos, meus caros amigos, não há mais como negar. E me sinto muito feliz por poder relatá-los a vocês, ao contrário de alguns colegas que insistem em esconder a realidade.

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Fonte: Balaio do Kotscho

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O dia da farsa!


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Há 45 anos atrás, este país viveu a maior farsa de sua História. E esta farsa se deu justamente no dia primeiro de abril, dia internacional da mentira. Gorilas fardados juntaram-se a uma burguesia retrógrada, com amplo apoio de uma classe média medíocre, iniciando-se, assim, uma ditadura desavengonhada.
Na sequência, segui-se uma escalada de violência desmedida e perseguições políticas atrozes, inclusive sobrando para os aliados de primeira hora (leia-se J.K e Carlos Lacerda, por exemplo). Sobrou cassação e porrete!
À classe trabalhadora foi oferecido um achatamento salarial sem precedentes, à classe média a engabelação (mais uma mentira) do "milagre econômico" (a conjuntura econômica internacional era propícia ao "milagre"), aos elementos pouco ou nada conformados, porrada e tortura.
Esta mentira, esta farsa, foi estrategicamente vendida como verdade absoluta pelos veículos de comunicação em geral e a Rede Globo de Televisão em particular. As organizações Globo tiveram um crescimento exponencial no período, transformando-se na maior rede de televisão do país com influência em todo o território nacional.
Os artífices do movimento de 1964 (militares, empresários oportunista e inescrupolosos e a velha oligarquia), com o golpe, deram sentido ao dia primeiro de abril. Esta farsa durou 21 anos e até hoje tem consequências funestas para a sociedade brasileira.