Estamos inaugurando esta seção dedicada a comentar músicas e autores cujas obras, não obstante algumas hoje esquecidas, deixaram uma marca indelével na nossa história. Nessa edição, trataremos das possibilidades de usos de um artefato cultural. No caso, a reabilitação do samba na década de 1940 pelo governo de Getúlio Vargas. De música proibitiva (típica de marginais e desocupados) a cartão de visitas oficial do regime. Note como a letra de Assis Valente exalta o trabalho a disciplina e a civilidade como corolário do varguismo.
Recenseamento
Em 1940
lá no morro começaram o recenseamento
E o agente recenseador
esmiuçou a minha vida
que foi um horror
E quando viu a minha mão sem aliança
encarou para a criança
que no chão dormia
E perguntou se meu moreno era decente
se era do batente ou se era da folia
Obediente como a tudo que é lei
fiquei logo sossegada e falei então:
O meu moreno é brasileiro, é fuzileiro,
é o que sai com a bandeira do seu batalhão!
A nossa casa não tem nada de grandeza
nós vivemos na fartura sem dever tostão
Tem um pandeiro, um cavaquinho, um tamborim,
um reco-reco, uma cuíca e um violão
Fiquei pensando e comecei a descrever
tudo, tudo de valor
que meu Brasil me deu
Um céu azul, um Pão de Açúcar sem farelo
um pano verde e amarelo
Tudo isso é meu!
Tem feriado que pra mim vale fortuna
a retirada da Laguna vale um cabedal!
Tem Pernambuco, tem São Paulo, tem Bahia
um conjunto de harmonia que não tem rival
Tem Pernambuco, tem São Paulo, tem Bahia
um conjunto de harmonia que não tem rival
O samba “Recenseamento” foi um grande sucesso de Assis Valente na voz de Carmem Miranda, no ano de 1941. Nele percebemos diversas questões presentes na ideologia do Estado Novo.
Informações, curiosidades, comentários, pontos-de vista... Este é o nosso blog, vamos fazer ouvir a voz da minoria que não se resigna; a "minoria" ruidosa!
sábado, 24 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Cinema - crítica
ROMANCE, de Guel Arraes.
Confesso que não assisti "Romance" e, provavelmente, não devo ser feliz no comentário que farei a seguir, mas insisto em fazê-lo. Sempre gostei de cinema nacional. Sempre me disseram que era mal feito e tecnicamente precário e tal, mas eu sempre ficava entusiasmado em ver a "cara do Brasil" no cinema. E isso não era só filmes com temáticas puramente sociais mas também nas comédias mais despretenciosas. No entanto, nos últimos anos, quando o cinema nacional entrou no esquema de grandes e regulares produções, sinto que algo se perdeu. Reitero, devo estar errado! Porém, essas produções muito certinhas com atores globais (atores de novela que você está cansado de ver todo dia na telinha) me cansa e não me causam muita expectativa. Claro, tem coisas surpreendentes, mas a maioria dessas produções, quando não fala da violência das classes marginais e da miséria folclórica nordestina, são comédias de costumes totalmente dispensáveis. Guel Arraes é um desses realizadores que bebiam no filão do realismo fantástico tupiniquim. Talvez esse filme seja algo relevante feito por este sujeito, pois os anteriores ("O alto da Compadecida", etc) não passavam de bobagem. O monopólio dos atores globais na maioria das produções é outro ponto negativo. Eu gostaria de ver mais caras novas no cinema.
Bem, repito, talvez o problema seja comigo e não com as novas produções nacionais.
Confesso que não assisti "Romance" e, provavelmente, não devo ser feliz no comentário que farei a seguir, mas insisto em fazê-lo. Sempre gostei de cinema nacional. Sempre me disseram que era mal feito e tecnicamente precário e tal, mas eu sempre ficava entusiasmado em ver a "cara do Brasil" no cinema. E isso não era só filmes com temáticas puramente sociais mas também nas comédias mais despretenciosas. No entanto, nos últimos anos, quando o cinema nacional entrou no esquema de grandes e regulares produções, sinto que algo se perdeu. Reitero, devo estar errado! Porém, essas produções muito certinhas com atores globais (atores de novela que você está cansado de ver todo dia na telinha) me cansa e não me causam muita expectativa. Claro, tem coisas surpreendentes, mas a maioria dessas produções, quando não fala da violência das classes marginais e da miséria folclórica nordestina, são comédias de costumes totalmente dispensáveis. Guel Arraes é um desses realizadores que bebiam no filão do realismo fantástico tupiniquim. Talvez esse filme seja algo relevante feito por este sujeito, pois os anteriores ("O alto da Compadecida", etc) não passavam de bobagem. O monopólio dos atores globais na maioria das produções é outro ponto negativo. Eu gostaria de ver mais caras novas no cinema.
Bem, repito, talvez o problema seja comigo e não com as novas produções nacionais.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Política e religião: mistura indigesta!
A questão católica é um interessante tema de discussão nesses tempos de fundamentalismos de múltiplas tonalidades. Muita gente razoavelmente bem informada historicamente pode se perguntar como alguém em seu juízo perfeito pode ser católico hoje em dia, já que a Igreja cometera diversas iniqüidades ao longo de sua história, principalmente durante as Cruzadas e nos diversos processos inquisitórios e, mais recentemente, apoiara os mais brutais líderes de extrema direita da Europa e inúmeras ditaduras latino-americanas.
Causa-nos extraordinário espanto notar o fato de como um poder como o papado e os dogmas católicos mais arraigados tenham sobrevivido e, em vários aspectos, se fortalecido mesmo após todas as conturbações políticas e filosóficas dos séculos XVIII e XIX. Levando-se em conta que nem sempre o poder da Igreja era centralizado no Vaticano, ou seja, houve um tempo em que a autoridade da Igreja católica era amplamente distribuída pelos grandes concílios históricos e incontáveis teias de critério local. Durante mais de dois milênios a supremacia romana foi mais um supremo tribunal de recursos do que uma autocracia singular. A ideologia da supremacia papal, presente em nossa memória viva, é uma invenção do final do século XIX e início do século XX.
No contexto de formação dos Estados nacionais, a maioria dos Estados em formação estava propensa a separar a Igreja do Estado e, neste ínterim, a instituição tornou-se alvo de opressão na Europa durante a maior parte do século XIX: suas propriedades e riquezas eram sistematicamente saqueadas; as ordens religiosas e o clero foram privados de sua esfera de ação; as escolas passaram a ser controladas pelo Estado ou foram fechadas. Em meio a essas vicissitudes, a Igreja enfrentou um conflito interno entre os que insistiam numa supremacia papal absolutista do centro romano e os que defendiam uma maior distribuição de autoridade entre os bispos. A primeira tendência (“ultramontana”) saiu triunfante e sacramentada pelo I Concílio Vaticano, em 1870. Nesse Concílio, o papa foi declarado infalível em questões de fé e moral, assim como o incontestável primaz – o supremo líder espiritual e administrativo da Igreja. Na verdade, uma espécie de prêmio de consolação, já que era uma delimitação de limites mais do que infalibilidade e supremacia. Nas três décadas que se seguiram, a Igreja ultramontana prosperou e se fortaleceu. Havia um senso revigorante de lealdade, obediência e fervor. O renascimento da filosofia cristã de São Tomás de Aquino proporcionava a percepção de um bastião contra as idéias modernas e uma defesa da autoridade papal. Na primeira década do século XX, no entanto, os conceitos da infalibilidade e supremacia papais se tornaram indistintos. Um instrumento legal e burocrático transformara o dogma numa ideologia de poder papal sem precedentes na longa história da Igreja de Roma.
O pontificado de Pio XII foi a apoteose da supremacia papal. No entanto, esse poder foi se consolidando aos poucos, ainda quando Pio XII ainda era Eugênio Pacelli, um diplomata do Vaticano que ajudou a consolidar uma ideologia na qual transformou a Igreja numa instituição monolítica e triunfalista, principalmente após a Segunda Guerra, em contraposição direta ao comunismo, tanto na Itália como além da Cortina de Ferro.
Quando as estruturas internas e a moral da Igreja católica começaram a apresentar sinais de fragmentação e decadência, nos anos finais de Pio XII, houve um anseio de reavaliação e renovação. O II Concílio Vaticano foi convocado em 1962, por João XXIII, que sucedeu Pacelli em 1958, justamente para rejeitar o modelo de Igreja monolítica e centralizada de seus antecessores, de preferência em favor de uma comunidade descentralizada e humana, sempre em movimento.
No entanto, o centrismo papal e do Vaticano não aceitou os novos tempos com facilidade. Por meio de manobras abertas e clandestinas a Igreja de Pio XII vem se reafirmando e confirmando um modelo piramidal – a supremacia de um homem de batina branca determinando tudo da solidão de seu pináculo. Essas forças ressurgiram para desafiar as resoluções do II Concílio Vaticano e criaram tensões. A paisagem antiga mais uma vez reapareceu e o II Concílio Vaticano é agora interpretado em Roma muito mais no espírito do I Concílio Vaticano e no contexto do modelo de catolicismo de Pio XII.
Fonte:
CORNWELL, John. O papa de Hitler – a historia secreta de Pio XII. Rio de Janeiro: Imago Ed, 2000.
Causa-nos extraordinário espanto notar o fato de como um poder como o papado e os dogmas católicos mais arraigados tenham sobrevivido e, em vários aspectos, se fortalecido mesmo após todas as conturbações políticas e filosóficas dos séculos XVIII e XIX. Levando-se em conta que nem sempre o poder da Igreja era centralizado no Vaticano, ou seja, houve um tempo em que a autoridade da Igreja católica era amplamente distribuída pelos grandes concílios históricos e incontáveis teias de critério local. Durante mais de dois milênios a supremacia romana foi mais um supremo tribunal de recursos do que uma autocracia singular. A ideologia da supremacia papal, presente em nossa memória viva, é uma invenção do final do século XIX e início do século XX.
No contexto de formação dos Estados nacionais, a maioria dos Estados em formação estava propensa a separar a Igreja do Estado e, neste ínterim, a instituição tornou-se alvo de opressão na Europa durante a maior parte do século XIX: suas propriedades e riquezas eram sistematicamente saqueadas; as ordens religiosas e o clero foram privados de sua esfera de ação; as escolas passaram a ser controladas pelo Estado ou foram fechadas. Em meio a essas vicissitudes, a Igreja enfrentou um conflito interno entre os que insistiam numa supremacia papal absolutista do centro romano e os que defendiam uma maior distribuição de autoridade entre os bispos. A primeira tendência (“ultramontana”) saiu triunfante e sacramentada pelo I Concílio Vaticano, em 1870. Nesse Concílio, o papa foi declarado infalível em questões de fé e moral, assim como o incontestável primaz – o supremo líder espiritual e administrativo da Igreja. Na verdade, uma espécie de prêmio de consolação, já que era uma delimitação de limites mais do que infalibilidade e supremacia. Nas três décadas que se seguiram, a Igreja ultramontana prosperou e se fortaleceu. Havia um senso revigorante de lealdade, obediência e fervor. O renascimento da filosofia cristã de São Tomás de Aquino proporcionava a percepção de um bastião contra as idéias modernas e uma defesa da autoridade papal. Na primeira década do século XX, no entanto, os conceitos da infalibilidade e supremacia papais se tornaram indistintos. Um instrumento legal e burocrático transformara o dogma numa ideologia de poder papal sem precedentes na longa história da Igreja de Roma.
O pontificado de Pio XII foi a apoteose da supremacia papal. No entanto, esse poder foi se consolidando aos poucos, ainda quando Pio XII ainda era Eugênio Pacelli, um diplomata do Vaticano que ajudou a consolidar uma ideologia na qual transformou a Igreja numa instituição monolítica e triunfalista, principalmente após a Segunda Guerra, em contraposição direta ao comunismo, tanto na Itália como além da Cortina de Ferro.
Quando as estruturas internas e a moral da Igreja católica começaram a apresentar sinais de fragmentação e decadência, nos anos finais de Pio XII, houve um anseio de reavaliação e renovação. O II Concílio Vaticano foi convocado em 1962, por João XXIII, que sucedeu Pacelli em 1958, justamente para rejeitar o modelo de Igreja monolítica e centralizada de seus antecessores, de preferência em favor de uma comunidade descentralizada e humana, sempre em movimento.
No entanto, o centrismo papal e do Vaticano não aceitou os novos tempos com facilidade. Por meio de manobras abertas e clandestinas a Igreja de Pio XII vem se reafirmando e confirmando um modelo piramidal – a supremacia de um homem de batina branca determinando tudo da solidão de seu pináculo. Essas forças ressurgiram para desafiar as resoluções do II Concílio Vaticano e criaram tensões. A paisagem antiga mais uma vez reapareceu e o II Concílio Vaticano é agora interpretado em Roma muito mais no espírito do I Concílio Vaticano e no contexto do modelo de catolicismo de Pio XII.
Fonte:
CORNWELL, John. O papa de Hitler – a historia secreta de Pio XII. Rio de Janeiro: Imago Ed, 2000.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
História de São Sebastião
Mártir cristão, nascido segundo alguns em Milão, cidade de sua mãe, e segundo outros em Narbona, terra natal de seu pai, sendo sua festa celebrada a 20 de janeiro. Passou a maior parte de sua vida em Roma, ao tempo do imperador Diocleciano. Soldado do exército romano, chegou a alcançar o comando de uma coorte de pretorianos. Por ser cristão e divulgar sua doutrina, foi denunciado e preso.
Diocleciano tentou em vão dissuadi-lo, condenando-o à morte, sentença que os arqueiros se encarregaram de cumprir. Crivado de flechas, São Sebastião foi encontrado por Irene, uma cristã, que, ao retirá-lo da árvore onde seus algozes o haviam amarrado, verificou que o corpo do mártir ainda estava com vida. Conduzido à casa de Irene, São Sebastião se restabeleceu em poucos dias.
Insensível às súplicas dos cristãos, apresentou-se ao imperador, que, desta vez, ordenou fosse açoitado até morrer (c. 255). Seu cadáver, jogado na cloaca de Roma, foi outra vez descoberto por uma mulher, Lucina, a quem o santo apareceu em sonho, pedindo que o sepultasse nas catacumbas, ao lado dos apóstolos.
Próximo a este lugar, junto à via Ápia, foi posteriormente construída uma basílica em sua honra. Esta, durante a Idade Média, tornou-se centro popular de devoção e peregrinações. Em Portugal há pelo menos, 92 igrejas que o têm por orago. No Brasil é padroeiro de 144 paróquias, inclusive na cidade do Rio de Janeiro, cujo nome canônico é São Sebastião do Rio de Janeiro. Justifica-se a adoção desse nome pelo fato de que a primeira grande vitória das armas portuguesas contra os franco-tamoios, na região da Guanabara - a batalha de Uruçumirim -, travou-se a 20 de Janeiro
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_(santo)
Diocleciano tentou em vão dissuadi-lo, condenando-o à morte, sentença que os arqueiros se encarregaram de cumprir. Crivado de flechas, São Sebastião foi encontrado por Irene, uma cristã, que, ao retirá-lo da árvore onde seus algozes o haviam amarrado, verificou que o corpo do mártir ainda estava com vida. Conduzido à casa de Irene, São Sebastião se restabeleceu em poucos dias.
Insensível às súplicas dos cristãos, apresentou-se ao imperador, que, desta vez, ordenou fosse açoitado até morrer (c. 255). Seu cadáver, jogado na cloaca de Roma, foi outra vez descoberto por uma mulher, Lucina, a quem o santo apareceu em sonho, pedindo que o sepultasse nas catacumbas, ao lado dos apóstolos.
Próximo a este lugar, junto à via Ápia, foi posteriormente construída uma basílica em sua honra. Esta, durante a Idade Média, tornou-se centro popular de devoção e peregrinações. Em Portugal há pelo menos, 92 igrejas que o têm por orago. No Brasil é padroeiro de 144 paróquias, inclusive na cidade do Rio de Janeiro, cujo nome canônico é São Sebastião do Rio de Janeiro. Justifica-se a adoção desse nome pelo fato de que a primeira grande vitória das armas portuguesas contra os franco-tamoios, na região da Guanabara - a batalha de Uruçumirim -, travou-se a 20 de Janeiro
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_(santo)
sábado, 17 de janeiro de 2009
Filmes interessantes
Terráqueos - O Filme.
TERRÁQUEOS (Earthlings) é um filme-documentário sobre a absoluta dependência da humanidade em relação aos animais (para estimação, alimentação, vestuário, diversão e desenvolvimento científico), mas também ilustra nosso completo desrespeito para com os assim chamados "provedores não-humanos". Este filme é narrado por Joaquin Phoenix (GLADIADOR) e possui trilha sonora composta pelo artista Moby. Com um profundo estudo dentro das pet-shops, criatórios de filhotes e abrigos de animais, bem como em fazendas industriais, no comércio de couro e peles, indústria de esporte e entreterimento, e finalmente na carreira médica e científica, TERRÁQUEOS usa câmeras escondidas e filmagens inéditas para narrar as práticas diárias de algumas das maiores indústrias do mundo, as quais dependem de animais para lucrar. Impactante, informativo e provocando reflexões, TERRÁQUEOS é de longe o mais completo documentário jamais produzido sobre a conexão entre natureza, animais, e interesses econômicos. Há vários filmes importantes sobre os direitos dos animais, mas este supera os demais. TERRÁQUEOS tem que ser assistido. Altamente recomendado!
TERRÁQUEOS (Earthlings) é um filme-documentário sobre a absoluta dependência da humanidade em relação aos animais (para estimação, alimentação, vestuário, diversão e desenvolvimento científico), mas também ilustra nosso completo desrespeito para com os assim chamados "provedores não-humanos". Este filme é narrado por Joaquin Phoenix (GLADIADOR) e possui trilha sonora composta pelo artista Moby. Com um profundo estudo dentro das pet-shops, criatórios de filhotes e abrigos de animais, bem como em fazendas industriais, no comércio de couro e peles, indústria de esporte e entreterimento, e finalmente na carreira médica e científica, TERRÁQUEOS usa câmeras escondidas e filmagens inéditas para narrar as práticas diárias de algumas das maiores indústrias do mundo, as quais dependem de animais para lucrar. Impactante, informativo e provocando reflexões, TERRÁQUEOS é de longe o mais completo documentário jamais produzido sobre a conexão entre natureza, animais, e interesses econômicos. Há vários filmes importantes sobre os direitos dos animais, mas este supera os demais. TERRÁQUEOS tem que ser assistido. Altamente recomendado!
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Aniversário de "Led Zeppelim I"
Uma das estreias mais importantes da história do rock n' roll aconteceu há exatos 40 anos. No dia 12 de janeiro de 1969, chegava às lojas o álbum "Led Zeppelin", o primeiro da discografia do conjunto formado por Robert Plan, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham. No mesmo ano, o grupo ainda lançou o segundo disco, "Led Zeppelin II".Com a sua mistura única de rock, blues, folk e heavy-metal, o primeiro álbum do Led Zeppelin apresenta um clássico seguido do outro, em um fôlego impressionante. Do rock n' roll básico de "Good Times Bad Times" e de "Comunication Breakdown" (essa última, quase punk), passando pelo petardo "Babe I'm Gonna Leave You", pelos blues "You Shook Me" e "I Can't Quit You Baby", pela folk "Black Mountain Side" e pelos orgasmos sonoros experimentais de "Dazed And Confused" e "How Many More Times", "Led Zeppelin" é o que se pode chamar de disco perfeito.Gravado em outubro de 1968, no Olympic Studios, em Londres, o álbum foi produzido pelo próprio guitarrista Jimmy Page. Como geralmente acontecem com os discos clássicos, no início, "Led Zeppelin" não foi bem recebido pela crítica.Mas o público não se importou muito, e o disco vendeu bastante, alcançando a 10ª posição da parada da Billboard. O álbum permaneceu 73 semanas no Top 200 norte-americano, e 79 no britânico. Em 2003, a revista Rolling Stone elegeu o disco como o 29º mais importante de todos os tempos. Quatro anos depois, a revista britânica Q divulgou uma lista dos 21 álbuns que havia mudado a história da música. "Led Zeppelin" ficou na sexta colocação."Led Zeppelin" começou a ser composto durante uma excursão em setembro de 1968, pela Escandinávia. Nas apresentações, a banda, que se chamava The New Yardbirds, mostrou canções como "Communication Breakdown", "I Can't Quit You Baby", "You Shook Me", "Babe I'm Gonna Leave You" e "How Many More Times". Todas entraram no disco de estreia do Led, que foi gravado e mixado em apenas 36 horas, segundo o guitarrista Jimmy Page.Os shows na Escandinávia, certamente, foram o motivo de tamanha rapidez. "A banda começou a desenvolver os arranjos na turnê e eu já sabia o som que queria quando entramos em estúdio. Foi inacreditavelmente rápido", afirmou Page. Outro detalhe é que, como a banda ainda não havia assinado contrato com a gravadora Atlantic, todas as despesas de estúdio eram pagas pelos próprios músicos. Os custos com a gravação chegaram ao valor de 1.782 libras."Led Zeppelin" foi um dos primeiros discos da história a ser lançado somente no formato estéreo. Na época, o mais comum era que os discos chegassem às lojas tanto em estéreo quanto em mono.A foto da capa mostra um imenso Zeppelin que, à época, gerou muitas interpretações diferentes. Greg Kot, crítico da Rolling Stone afirmou: "A capa do disco mostra um zepelim em toda a sua glória fálica, caindo em chamas. A imagem faz um bom trabalho ao encapsular a música que havia no disco: sexo, catástrofe e novas coisas soprando".
Vamos ouvir "Led Zeppellin I a toda altura!
Vamos ouvir "Led Zeppellin I a toda altura!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Fraude Editorial
A Professora Doutora Regina Bustamante (PPGHC-UFRJ) já havia alertado sobre este problema:
Enviado pelo Prof. Doutor Paulo Martins (USP):
Subject: Estelionato no Brasil e Paul Veyne
Engodo Editorial ou Estelionato Acadêmico ou simplesmente uma vergonha por enganado?
Paul Veyne é o historiador que melhor trata da Antiguidade. Seus textos são deliciosos, sofisticados, sutis, irônicos, saborosos, precisos, enfim, riquíssimos tanto na forma, como no conteúdo. O historiador francês de 79 anos é um dos principais especialistas em Antigüidade e professor emérito do prestigiado Collège de France, onde lecionou de 1975 a 1998, na cadeira de História de Roma.
Entre os textos de sua vasta obra, temos: Comment on écrit l'histoire : essai d'épistémologie , Le Seuil, 1970; Le pain et le cirque , Le Seuil, 1976; L'inventaire des différences , Le Seuil, 1976; Les Grecs ont-ils cru à leurs mythes ? , Le Seuil, 1983; L'élégie érotique romaine , Le Seuil, 1983; Histoire de la vie privée, vol. I , Le Seuil, 1987; La société romaine , Le Seuil, 1991; Sexe et pouvoir à Rome , Tallandier, 2005 e L'empire gréco-romain , Le Seuil, 2005.
Nós, tupiniquins, entretanto, em língua vernácula, temos acesso direto, salvo engano, a apenas alguns desses escritos. Lembro-me de: O inventário das diferenças ; Como se escreve a história ; Acreditavam os gregos em seus mitos? ; A elegia erótica romana ; História da vida privada volume I e O Império greco-romano . É desse último que pretendo tratar.
Esperado por aqueles que se interessam por História Romana com ansiedade, o livro em si, como não poderia deixar de ser, é magnífico. Trata de um mito acadêmico, a separação das cadeiras das disciplinas de grego e latim dentro da universidade francesa que, natural e obviamente, ab ouo , repercute no Brasil: a distinção e oposição entre Grécia e Roma. Daí, a ficção é desmitificada por Veyne. Vale-se da questão linguistica, das representações, da cultura material que se estendia do Afeganistão à Escócia. Desnuda a dicotomia e, por fim, comprova que Grécia e Roma são reverso e obverso da mesma moeda. Assim, o livro vale ser lido.
A questão que se coloca, entretanto, é outra. Não depende da capacidade de Veyne, antes, daqueles que detêm o direito de publicação sobre essa obra no Brasil: a editora Campus, ou melhor, a editora engodo, a editora farsa, ou melhor, bufa, bazófia.
Quando vamos às livrarias, temos a nítida sensação de que estamos sendo ROUBADOS. O livro custa nada menos que R$ 179,00. Mas isso não é nada, afinal estamos diante de um Clássico. Pagamos! O livro é uma brochura com 20 páginas de "miolo" em papel cuchê leve - leia-se barato-, com imagens monocromáticas (preto e branco). Algo que no máximo valeria R$ 70,00. Mas tudo bem, é Veyne! Após lermos o prólogo ilucidativo e um prólogo esclarecedor, estamos diante do primeiro capítulo em cujo título há uma nota de pé de página: "As notas de referência desta obra estão disponíveis no site da editora: [7]www.campus.com.br . Que loucura, não estou lendo isso! É engano! Que nada, é verdade!
Enviado pelo Prof. Doutor Paulo Martins (USP):
Subject: Estelionato no Brasil e Paul Veyne
Engodo Editorial ou Estelionato Acadêmico ou simplesmente uma vergonha por enganado?
Paul Veyne é o historiador que melhor trata da Antiguidade. Seus textos são deliciosos, sofisticados, sutis, irônicos, saborosos, precisos, enfim, riquíssimos tanto na forma, como no conteúdo. O historiador francês de 79 anos é um dos principais especialistas em Antigüidade e professor emérito do prestigiado Collège de France, onde lecionou de 1975 a 1998, na cadeira de História de Roma.
Entre os textos de sua vasta obra, temos: Comment on écrit l'histoire : essai d'épistémologie , Le Seuil, 1970; Le pain et le cirque , Le Seuil, 1976; L'inventaire des différences , Le Seuil, 1976; Les Grecs ont-ils cru à leurs mythes ? , Le Seuil, 1983; L'élégie érotique romaine , Le Seuil, 1983; Histoire de la vie privée, vol. I , Le Seuil, 1987; La société romaine , Le Seuil, 1991; Sexe et pouvoir à Rome , Tallandier, 2005 e L'empire gréco-romain , Le Seuil, 2005.
Nós, tupiniquins, entretanto, em língua vernácula, temos acesso direto, salvo engano, a apenas alguns desses escritos. Lembro-me de: O inventário das diferenças ; Como se escreve a história ; Acreditavam os gregos em seus mitos? ; A elegia erótica romana ; História da vida privada volume I e O Império greco-romano . É desse último que pretendo tratar.
Esperado por aqueles que se interessam por História Romana com ansiedade, o livro em si, como não poderia deixar de ser, é magnífico. Trata de um mito acadêmico, a separação das cadeiras das disciplinas de grego e latim dentro da universidade francesa que, natural e obviamente, ab ouo , repercute no Brasil: a distinção e oposição entre Grécia e Roma. Daí, a ficção é desmitificada por Veyne. Vale-se da questão linguistica, das representações, da cultura material que se estendia do Afeganistão à Escócia. Desnuda a dicotomia e, por fim, comprova que Grécia e Roma são reverso e obverso da mesma moeda. Assim, o livro vale ser lido.
A questão que se coloca, entretanto, é outra. Não depende da capacidade de Veyne, antes, daqueles que detêm o direito de publicação sobre essa obra no Brasil: a editora Campus, ou melhor, a editora engodo, a editora farsa, ou melhor, bufa, bazófia.
Quando vamos às livrarias, temos a nítida sensação de que estamos sendo ROUBADOS. O livro custa nada menos que R$ 179,00. Mas isso não é nada, afinal estamos diante de um Clássico. Pagamos! O livro é uma brochura com 20 páginas de "miolo" em papel cuchê leve - leia-se barato-, com imagens monocromáticas (preto e branco). Algo que no máximo valeria R$ 70,00. Mas tudo bem, é Veyne! Após lermos o prólogo ilucidativo e um prólogo esclarecedor, estamos diante do primeiro capítulo em cujo título há uma nota de pé de página: "As notas de referência desta obra estão disponíveis no site da editora: [7]www.campus.com.br . Que loucura, não estou lendo isso! É engano! Que nada, é verdade!
Vamos então ao site da famosa editora francesa Editions du Seuil ([8]www.editionsdusueil.fr ) e vemos que a edição francesa tem 878 páginas contra as 448 da nacional/tupiniquim . Mas e o preço!? Que nada, o preço da francesa é 25 euros, contra 61 euros da nacional (supondo o euro a R$ 2,9) com 430 páginas a menos. Contudo o roubo não para aí, as notas que a editora se propõe a dispor, não estão no site. Pobre Veyne! Pobre Brasil! O que fazer?
1) NÃO COMPRAR O LIVRO
2) IR AO PROCOM DE SUA CIDADE.
Texto enviado por minha colega historiadora Carmen Martins para historiaufrj2003.yahoogrupos.com.br
sábado, 10 de janeiro de 2009
Verdade histórica ou Teoria da Conspiração?
HITLER ERA UM ROTHSCHILD!!
A Segunda Guerra Mundial foi incrivelmente produtiva para a agenda de controle global da Illuminati. Ela levou a uma explosão de instituições globalmente centralizadas, como as Nações Unidas e a Comunidade Européia, agora União Européia, e muitas outras nas finanças, nos negócios e na área militar. Precisamente o que eles queriam. Isso também deixou países sob um enorme fardo com as dívidas dos empréstimos feitos para todos os lados pelos... Rothschilds e os Illuminati.
Os Rothschilds tinham há muito tempo um plano de criar um feudo pessoal para eles mesmos e para os Illuminati na Palestina e esse plano envolvia manipular o povo judeu a estabelecer a área como sua "terra natal." Charles Taze Russell, da linhagem Russell Illuminati-reptiliana, foi o homem que fundou a Sociedade Watchtower, mais conhecida como as Testemunhas de Jeová. Ele foi um Satanista, um pedófilo segundo sua esposa, e mais do que certamente um Illuminati. Sua nova "religião" (culto de controle da mente) foi financiado pelos Rothschilds e ele era amigo deles, bem como os fundadores dos Mórmons que eram também financiados pelos Rothschilds por intermédio de Kuhn, Loeb, and Co. Russell e os fundadores dos Mórmons eram todos Maçons. Em 1880, Charles Taze Russell, este amigo dos Rothschilds, previu que os judeus iriam retornar à sua terra natal. Essa provavelmente foi a única previsão de Russell que se realizou. Por que? Porque ele sabia que esse era o plano. Ele escreveu aos Rothschilds louvando seus esforços em estabelecer uma terra natal dos judeus na Palestina.
Então, em 1917, veio a famosa Declaração Balfour, quando o Ministro Britânico de Assuntos Estrangeiros, Lorde Balfour, declarou em nome do seu governo que eles apoiavam a criação de uma terra natal dos judeus na Palestina. Agora quando você ouve essa frase, a Declaração Balfour, você tem a impressão de que ela era uma espécie de nota dirigida ao público. Mas não era.
A Declaração Balfour foi uma carta de Lorde Balfour para... Lorde Lionel Walter Rothschild. Pesquisadores dizem que a carta foi de fato ESCRITA por Lorde Rothschild e seu empregado, o banqueiro, Alfred Milner. Agora veja isso. Uma das mais importantes sociedades secretas do século XX é chamada a Mesa Redonda (Round Table). Ela é baseada na Inglaterra com sub-sedes no mundo todo. É a Mesa Redonda que no final das contas orquestra a rede do Grupo Bilderberg, O Conselho de Relações Exteriores, A Comissão Trilateral e O Instituto Real para Assuntos Internacionais. Veja meus livros para mais detalhes. Que fascinante então, que Lorde Balfour era um membro do círculo interno da Mesa Redonda, Alfred Milner era o líder oficial da Mesa Redonda quando da morte de Cecil Rhodes, e a Mesa Redonda era financiada por... Lorde Lionel Walter Rothschild. Essas eram as três pessoas envolvidas na Declaração Balfour de 1917.
Dois anos depois, em 1919, veio a Conferência de Paz de Versalhes perto de Paris, quando a elite da Mesa Redonda da Inglaterra e dos Estados Unidos, pessoas como Alfred Milner, Edward Mandel House e Bernard Baruch, foram designadas para representar seus países nas reuniões que decidiram como o mundo seria mudado como resultado da guerra que essas mesmas pessoas haviam criado. Eles decidiram impor à Alemanha pagamentos de indenizações de guerra impossíveis, assegurando então o colapso da República Weimar pós-guerra em meio ao inacreditável colapso econômico que levou o Rothschild, Hitler, ao poder. Foi enquanto estavam em Paris que esses Illuminati membros da Mesa Redonda se reuniram no Hotel Majestic para iniciar o processo de criação da rede Bilderberg-CRE-IRAI-Comissão Trilateral. Eles também decidiram em Versalhes que eles então apoiariam a criação de uma pátria para os judeus na Palestina. Como eu mostro em meus livros, CADA UM DELES ou era da linhagem Rothschild ou era controlado por eles.
O Presidente Americano, Woodrow Wilson, foi "aconselhado" em Versalhes pelo Coronel House e Bernard Baruch, ambos clones Rothschild e líderes da Mesa Redonda nos Estados Unidos; O Primeiro Ministro Britânico, Lloyd George, foi " aconselhado" por Alfred Milner, empregado de Rothschild e líder da Mesa Redonda, e Sir Phillip Sassoon, um descendente direto de Mayer Amschel Rothschild, o fundador da dinastia; o líder francês, Georges Clemenceau, foi "aconselhado" por seu Ministro do Interior, Georges Mandel, cujo nome real era Jeroboam Rothschild.
Quem você acha que estava fazendo as decisões aqui??
Mas isso foi bem mais longe. Na delegação americana também estavam os irmãos Dulles, John Foster Dulles, que se tornaria Secretário de Estado dos EUA, e Allen Dulles, que se tornaria o primeiro cabeça da nova CIA após a Segunda Guerra Mundial. Os irmãos Dulles eram da linhagem genética, tornar-se-iam mais tarde apoiadores de Hitler, e eram empregados pelos Rothschilds na Kuhn, Loeb, and Co. Eles também estavam envolvidos no assassinato de John F. Kennedy e Allen Dulles iria servir na Commissão Warren que investigou o assassinato. A delegação americana em Versalhes também foi representedada por Paul Warburg, controlado pelos Rothschild, do Kuhn, Loeb e da filial americana da I.G. Farben, enquanto a delegação alemã incluía seu irmão, Max Warburg, que tornar-se-ia banqueiro de Hitler!! O anfitrião deles na França durante a conferência de "paz" foi o... Barão Edmond de Rothschild, a principal força da época pressionando para a criação de uma pátria judaica em Israel. Veja meus livros para mais detalhes.
Os Rothschilds sempre foram a verdadeira força por trás do Movimento Sionista. Sionismo é de fato SIONismo, Sion = o Sol (the Sun), logo o nome da sociedade secreta de elite por trás da linhagem Merovíngia, o Priorato de Sião (Priory of Sion). Ao contrário do entendimento da maioria das pessoas, Sionismo não é o povo judeu. Muitos judeus não são sionistas e muitos não-judeus são. Sionismo é um movimento político, não uma raça. Dizer que Sionismo é o povo judeu é como dizer que o Partido Democrata é o povo americano. Judeus que se opõem ao Sionismo, no entanto, têm sofrido muita oposição.
Agora, tendo manipulado seus governos-marionete para apoiar seu plano de um feudo pessoal no Oriente Médio, os Rothschilds iniciaram o processo de acomodar pessoas judias na Palestina. Como sempre eles trataram seu próprio povo com desprezo. Entra o Barão Edmond de Rothschild, o"Pai de Israel", que morreu em 1934, o homem que hospedou as delegações de "paz" de Versalhes. Edmond era da casa francesa, como Guy de Rothschild. Edmond, de fato, começou a instalar judeus na Palestina desde a década de 1880 (quando Charles Taze Russell estava fazendo sua previsão). Ele financiou judeus russos para estabelecerem-se na Palestina, mas isso não tinha nada a ver com sua liberdade ou direito de nascença, isso era para avançar a agenda Rothschild-Illuminati. Edmond financiou a criação de fazendas e fábricas e dirigiu toda a operação com uma barra de ferro. Aos fazendeiros judeus era dito o que plantar e eles logo descobriram quem estava no comando se eles questionassem suas ordens. Em 1901, esse povo judeu reclamou a Rothschild da ditadura sobre suas terras ou "Yishuv". Eles perguntaram-lhe:
"...se você deseja salvar a Yishuv, primeiro tire suas mãos dela e... pelo menos por uma vez permita aos colonos a possibilidade de corrigir por eles mesmos qualquer coisa que necessite ser corrigida..."
Barão Rothschild respondeu:
"Eu criei a Yishuv, eu somente. Portanto, nenhum homem, nem colonos ou organizações, tem o direito de interferir em meus planos..."
Em uma sentença, você tem a verdadeira atitude dos Rothschilds para com o povo judeu, e de fato, para com a população humana em geral. Essas pessoas NÃO são judias, elas são um linhagem não-humana com um código genético reptiliano que se escondem atrás do povo judeu, usando-o como uma cortina de fumaça e como um meio para um fim. Conforme o livro de Simon Schama, Two Rothschilds and the Land of Israel (Collins, London, 1978), os Rothschilds adquiriram 80% da terra de Israel.
Edmond de Rothschild trabalhou conjuntamente com Theodore Herzl, que apenas aconteceu de ser o fundador do Sionismo, o movimento político criado para assegurar uma pátria "judaica" na Palestina. Rothschild era também o poder por trás de Chaim Weizmann, um outro líder do Sionismo. Como Rothschild disse a Weizmann:
"Sem mim o Sionismo não teria sido bem-sucedido, mas sem o Sionismo meu trabalho estaria fadado ao fracasso."
Então, agora com os Rothschilds aumentando seu financiamento de colônias judias na Palestina, e com seus agentes nos governos oficialmente apoiando seus planos para uma terra natal Rothschild, digo judia, eles precisavam de um catalisador que demolisse os protestos árabes à invasão de seu país. Esse catalisador foi o horrível tratamento dado aos judeus na Alemanha e nos países que eles conquistaram por seus Nazistas Rothschild-financiados e por um dos seus, um Rothschild chamado Adolf Hitler.
A onda de repugnância aos campos de concentração nazistas deu um ímpeto vital e, finalmente, crucial à agenda Rothschild. Foram eles que patrocinaram operações terroristas judias como a Gangue Stern e Irgun, que chegaram a cometer mutilações e assassinatos para trazer o Estado de Rothschild (Israel) à existência em 1948. Esses grupos terroristas, que chacinaram pessoas judias com igual entusiasmo, eram liderados pelas mesmas pessoas que posteriormente ascenderam para liderar a nova Israel... pessoas como Menachem Begin, David Ben-Gurion, Yitzhak Rabin e Yitzhak Shamir. Foram essas gangues Sionistas Rothschild-controladas que assassinaram o mediador internacional Conde Bernadotte em 17 de setembro de 1948, aparentemente porque ele intencionava apresentar uma nova resolução de partilha às Nações Unidas.
E os Rothschilds não estavam satisfeitos ao causarem o inimaginável sofrimento do povo judeu sob o regime Nazista, eles também roubaram sua riqueza quando a guerra terminou, da mesma forma que roubaram a riqueza russa durante a revolução que eles haviam financiado.
No começo de 1998, durante uma turnê de palestra na África do Sul, eu tive um encontro pessoal com P.W. Botha, o Presidente da África do Sul nos anos 80 durante o apartheid. O convite veio de repente quando eu estava palestrando a umas poucas milhas de sua casa. Nós falamos por uma hora e meia sobre a manipulação da África do Sul e não demorou muito para nomes como Henry Kissinger, Lorde Carrington, e os Rothschilds surgirem.
"Eu tive estranhas negociações com os Rothschilds ingleses em Cape Town quando eu era presidente", ele disse, e então prosseguiu me contando uma história que resume os Rothschilds perfeitamente. Ele disse que eles haviam requerido uma reunião com ele e seu ministro de relações exteriores, o operativo Illuminati Pik Botha (sem parentesco). Nessa reunião, ele disse, os Rothschilds disseram-lhe que havia uma enorme riqueza em contas de bancos suíços que haviam pertencido a judeus alemães anteriormente e estava disponível para investimento na África do Sul se eles pudessem entrar em acordo quanto aos juros. Essa é a mesma riqueza, roubada dos judeus alemães que sofreram sob os nazistas, que veio à luz entre grande escândalo nos anos recentes. Os Rothschilds têm feito uma fortuna com isso desde a guerra!! Botha contou-me que ele se recusou a aceitar o dinheiro, mas Pik Botha deixou a reunião com os Rothschilds e ele não tinha certeza se eles tinham chegado a um acordo.
De tirar o fôlego? Com certeza que sim, mas o mundo não é como imaginamos que ele seja.
Até hoje os Rothschilds continuam a controlar o Estado que tem o seu símbolo de família em sua bandeira e são eles que usam aquele país e seu povo para manter o conflito, tanto dentro de suas fronteiras quanto com os países árabes vizinhos, o que permitiu aos Illuminati-Rothschilds controlar o chamado "Arco da Crise" no Oriente Médio por meio do dividir, governar e conquistar. Isso tem permitido a eles, não menos, controlar os países produtores de petróleo desde a guerra quando o petróleo realmente tornou-se importante.
Texto de David Icke.
Ver texto completo em: http://www.umanovaera.com/
A Segunda Guerra Mundial foi incrivelmente produtiva para a agenda de controle global da Illuminati. Ela levou a uma explosão de instituições globalmente centralizadas, como as Nações Unidas e a Comunidade Européia, agora União Européia, e muitas outras nas finanças, nos negócios e na área militar. Precisamente o que eles queriam. Isso também deixou países sob um enorme fardo com as dívidas dos empréstimos feitos para todos os lados pelos... Rothschilds e os Illuminati.
Os Rothschilds tinham há muito tempo um plano de criar um feudo pessoal para eles mesmos e para os Illuminati na Palestina e esse plano envolvia manipular o povo judeu a estabelecer a área como sua "terra natal." Charles Taze Russell, da linhagem Russell Illuminati-reptiliana, foi o homem que fundou a Sociedade Watchtower, mais conhecida como as Testemunhas de Jeová. Ele foi um Satanista, um pedófilo segundo sua esposa, e mais do que certamente um Illuminati. Sua nova "religião" (culto de controle da mente) foi financiado pelos Rothschilds e ele era amigo deles, bem como os fundadores dos Mórmons que eram também financiados pelos Rothschilds por intermédio de Kuhn, Loeb, and Co. Russell e os fundadores dos Mórmons eram todos Maçons. Em 1880, Charles Taze Russell, este amigo dos Rothschilds, previu que os judeus iriam retornar à sua terra natal. Essa provavelmente foi a única previsão de Russell que se realizou. Por que? Porque ele sabia que esse era o plano. Ele escreveu aos Rothschilds louvando seus esforços em estabelecer uma terra natal dos judeus na Palestina.
Então, em 1917, veio a famosa Declaração Balfour, quando o Ministro Britânico de Assuntos Estrangeiros, Lorde Balfour, declarou em nome do seu governo que eles apoiavam a criação de uma terra natal dos judeus na Palestina. Agora quando você ouve essa frase, a Declaração Balfour, você tem a impressão de que ela era uma espécie de nota dirigida ao público. Mas não era.
A Declaração Balfour foi uma carta de Lorde Balfour para... Lorde Lionel Walter Rothschild. Pesquisadores dizem que a carta foi de fato ESCRITA por Lorde Rothschild e seu empregado, o banqueiro, Alfred Milner. Agora veja isso. Uma das mais importantes sociedades secretas do século XX é chamada a Mesa Redonda (Round Table). Ela é baseada na Inglaterra com sub-sedes no mundo todo. É a Mesa Redonda que no final das contas orquestra a rede do Grupo Bilderberg, O Conselho de Relações Exteriores, A Comissão Trilateral e O Instituto Real para Assuntos Internacionais. Veja meus livros para mais detalhes. Que fascinante então, que Lorde Balfour era um membro do círculo interno da Mesa Redonda, Alfred Milner era o líder oficial da Mesa Redonda quando da morte de Cecil Rhodes, e a Mesa Redonda era financiada por... Lorde Lionel Walter Rothschild. Essas eram as três pessoas envolvidas na Declaração Balfour de 1917.
Dois anos depois, em 1919, veio a Conferência de Paz de Versalhes perto de Paris, quando a elite da Mesa Redonda da Inglaterra e dos Estados Unidos, pessoas como Alfred Milner, Edward Mandel House e Bernard Baruch, foram designadas para representar seus países nas reuniões que decidiram como o mundo seria mudado como resultado da guerra que essas mesmas pessoas haviam criado. Eles decidiram impor à Alemanha pagamentos de indenizações de guerra impossíveis, assegurando então o colapso da República Weimar pós-guerra em meio ao inacreditável colapso econômico que levou o Rothschild, Hitler, ao poder. Foi enquanto estavam em Paris que esses Illuminati membros da Mesa Redonda se reuniram no Hotel Majestic para iniciar o processo de criação da rede Bilderberg-CRE-IRAI-Comissão Trilateral. Eles também decidiram em Versalhes que eles então apoiariam a criação de uma pátria para os judeus na Palestina. Como eu mostro em meus livros, CADA UM DELES ou era da linhagem Rothschild ou era controlado por eles.
O Presidente Americano, Woodrow Wilson, foi "aconselhado" em Versalhes pelo Coronel House e Bernard Baruch, ambos clones Rothschild e líderes da Mesa Redonda nos Estados Unidos; O Primeiro Ministro Britânico, Lloyd George, foi " aconselhado" por Alfred Milner, empregado de Rothschild e líder da Mesa Redonda, e Sir Phillip Sassoon, um descendente direto de Mayer Amschel Rothschild, o fundador da dinastia; o líder francês, Georges Clemenceau, foi "aconselhado" por seu Ministro do Interior, Georges Mandel, cujo nome real era Jeroboam Rothschild.
Quem você acha que estava fazendo as decisões aqui??
Mas isso foi bem mais longe. Na delegação americana também estavam os irmãos Dulles, John Foster Dulles, que se tornaria Secretário de Estado dos EUA, e Allen Dulles, que se tornaria o primeiro cabeça da nova CIA após a Segunda Guerra Mundial. Os irmãos Dulles eram da linhagem genética, tornar-se-iam mais tarde apoiadores de Hitler, e eram empregados pelos Rothschilds na Kuhn, Loeb, and Co. Eles também estavam envolvidos no assassinato de John F. Kennedy e Allen Dulles iria servir na Commissão Warren que investigou o assassinato. A delegação americana em Versalhes também foi representedada por Paul Warburg, controlado pelos Rothschild, do Kuhn, Loeb e da filial americana da I.G. Farben, enquanto a delegação alemã incluía seu irmão, Max Warburg, que tornar-se-ia banqueiro de Hitler!! O anfitrião deles na França durante a conferência de "paz" foi o... Barão Edmond de Rothschild, a principal força da época pressionando para a criação de uma pátria judaica em Israel. Veja meus livros para mais detalhes.
Os Rothschilds sempre foram a verdadeira força por trás do Movimento Sionista. Sionismo é de fato SIONismo, Sion = o Sol (the Sun), logo o nome da sociedade secreta de elite por trás da linhagem Merovíngia, o Priorato de Sião (Priory of Sion). Ao contrário do entendimento da maioria das pessoas, Sionismo não é o povo judeu. Muitos judeus não são sionistas e muitos não-judeus são. Sionismo é um movimento político, não uma raça. Dizer que Sionismo é o povo judeu é como dizer que o Partido Democrata é o povo americano. Judeus que se opõem ao Sionismo, no entanto, têm sofrido muita oposição.
Agora, tendo manipulado seus governos-marionete para apoiar seu plano de um feudo pessoal no Oriente Médio, os Rothschilds iniciaram o processo de acomodar pessoas judias na Palestina. Como sempre eles trataram seu próprio povo com desprezo. Entra o Barão Edmond de Rothschild, o"Pai de Israel", que morreu em 1934, o homem que hospedou as delegações de "paz" de Versalhes. Edmond era da casa francesa, como Guy de Rothschild. Edmond, de fato, começou a instalar judeus na Palestina desde a década de 1880 (quando Charles Taze Russell estava fazendo sua previsão). Ele financiou judeus russos para estabelecerem-se na Palestina, mas isso não tinha nada a ver com sua liberdade ou direito de nascença, isso era para avançar a agenda Rothschild-Illuminati. Edmond financiou a criação de fazendas e fábricas e dirigiu toda a operação com uma barra de ferro. Aos fazendeiros judeus era dito o que plantar e eles logo descobriram quem estava no comando se eles questionassem suas ordens. Em 1901, esse povo judeu reclamou a Rothschild da ditadura sobre suas terras ou "Yishuv". Eles perguntaram-lhe:
"...se você deseja salvar a Yishuv, primeiro tire suas mãos dela e... pelo menos por uma vez permita aos colonos a possibilidade de corrigir por eles mesmos qualquer coisa que necessite ser corrigida..."
Barão Rothschild respondeu:
"Eu criei a Yishuv, eu somente. Portanto, nenhum homem, nem colonos ou organizações, tem o direito de interferir em meus planos..."
Em uma sentença, você tem a verdadeira atitude dos Rothschilds para com o povo judeu, e de fato, para com a população humana em geral. Essas pessoas NÃO são judias, elas são um linhagem não-humana com um código genético reptiliano que se escondem atrás do povo judeu, usando-o como uma cortina de fumaça e como um meio para um fim. Conforme o livro de Simon Schama, Two Rothschilds and the Land of Israel (Collins, London, 1978), os Rothschilds adquiriram 80% da terra de Israel.
Edmond de Rothschild trabalhou conjuntamente com Theodore Herzl, que apenas aconteceu de ser o fundador do Sionismo, o movimento político criado para assegurar uma pátria "judaica" na Palestina. Rothschild era também o poder por trás de Chaim Weizmann, um outro líder do Sionismo. Como Rothschild disse a Weizmann:
"Sem mim o Sionismo não teria sido bem-sucedido, mas sem o Sionismo meu trabalho estaria fadado ao fracasso."
Então, agora com os Rothschilds aumentando seu financiamento de colônias judias na Palestina, e com seus agentes nos governos oficialmente apoiando seus planos para uma terra natal Rothschild, digo judia, eles precisavam de um catalisador que demolisse os protestos árabes à invasão de seu país. Esse catalisador foi o horrível tratamento dado aos judeus na Alemanha e nos países que eles conquistaram por seus Nazistas Rothschild-financiados e por um dos seus, um Rothschild chamado Adolf Hitler.
A onda de repugnância aos campos de concentração nazistas deu um ímpeto vital e, finalmente, crucial à agenda Rothschild. Foram eles que patrocinaram operações terroristas judias como a Gangue Stern e Irgun, que chegaram a cometer mutilações e assassinatos para trazer o Estado de Rothschild (Israel) à existência em 1948. Esses grupos terroristas, que chacinaram pessoas judias com igual entusiasmo, eram liderados pelas mesmas pessoas que posteriormente ascenderam para liderar a nova Israel... pessoas como Menachem Begin, David Ben-Gurion, Yitzhak Rabin e Yitzhak Shamir. Foram essas gangues Sionistas Rothschild-controladas que assassinaram o mediador internacional Conde Bernadotte em 17 de setembro de 1948, aparentemente porque ele intencionava apresentar uma nova resolução de partilha às Nações Unidas.
E os Rothschilds não estavam satisfeitos ao causarem o inimaginável sofrimento do povo judeu sob o regime Nazista, eles também roubaram sua riqueza quando a guerra terminou, da mesma forma que roubaram a riqueza russa durante a revolução que eles haviam financiado.
No começo de 1998, durante uma turnê de palestra na África do Sul, eu tive um encontro pessoal com P.W. Botha, o Presidente da África do Sul nos anos 80 durante o apartheid. O convite veio de repente quando eu estava palestrando a umas poucas milhas de sua casa. Nós falamos por uma hora e meia sobre a manipulação da África do Sul e não demorou muito para nomes como Henry Kissinger, Lorde Carrington, e os Rothschilds surgirem.
"Eu tive estranhas negociações com os Rothschilds ingleses em Cape Town quando eu era presidente", ele disse, e então prosseguiu me contando uma história que resume os Rothschilds perfeitamente. Ele disse que eles haviam requerido uma reunião com ele e seu ministro de relações exteriores, o operativo Illuminati Pik Botha (sem parentesco). Nessa reunião, ele disse, os Rothschilds disseram-lhe que havia uma enorme riqueza em contas de bancos suíços que haviam pertencido a judeus alemães anteriormente e estava disponível para investimento na África do Sul se eles pudessem entrar em acordo quanto aos juros. Essa é a mesma riqueza, roubada dos judeus alemães que sofreram sob os nazistas, que veio à luz entre grande escândalo nos anos recentes. Os Rothschilds têm feito uma fortuna com isso desde a guerra!! Botha contou-me que ele se recusou a aceitar o dinheiro, mas Pik Botha deixou a reunião com os Rothschilds e ele não tinha certeza se eles tinham chegado a um acordo.
De tirar o fôlego? Com certeza que sim, mas o mundo não é como imaginamos que ele seja.
Até hoje os Rothschilds continuam a controlar o Estado que tem o seu símbolo de família em sua bandeira e são eles que usam aquele país e seu povo para manter o conflito, tanto dentro de suas fronteiras quanto com os países árabes vizinhos, o que permitiu aos Illuminati-Rothschilds controlar o chamado "Arco da Crise" no Oriente Médio por meio do dividir, governar e conquistar. Isso tem permitido a eles, não menos, controlar os países produtores de petróleo desde a guerra quando o petróleo realmente tornou-se importante.
Texto de David Icke.
Ver texto completo em: http://www.umanovaera.com/
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Grandes Pensadores - Karl Marx
Para Karl Marx, filósofo alemão que viveu no século XIX, o homem não faz a história como quer, mas de acordo com as circunstâncias, ou de acordo com as condições que lhe são legadas do passado, que pesam no seu destino. Seu objeto de estudo são as lutas de classe e a dominação capitalista. Segundo esse autor, a história não se repete, é acíclica, só se repete como farsa ou como tragédia e a história de todas as sociedades tem sido a história de lutas de classe.
Marx concede à burguesia o caráter de classe revolucionária, pois esta transformou o modo de produção de troca que havia na sociedade feudal. Porém, a burguesia não aboliu os antagonismos de classes, apenas impôs novas condições de opressão e simplificou esses antagonismos, dividindo a sociedade cada vez mais em duas classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado. Por isso, as condições subjetivas proporcionam as idéias e a conscientização de classes. Esta conscientização é explicada pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas sociais e as relações de produção. As relações burguesas de produção são as últimas formas antagônicas do processo social de produção – um antagonismo que provém das condições sociais de vida dos indivíduos. As forças produtivas, porém, que se desenvolvem no seio das sociedades burguesas, criam, ao mesmo tempo, as condições materiais para a solução desse antagonismo. No entanto, Marx não pode ser considerado um autor exclusivamente economicista.
Marx compartilha da visão de constantes mudanças, rupturas. A volta contra si mesmo que caracteriza a sociedade – tudo está impregnado de seu contrário. As mudanças materiais ocorridas nas condições econômicas de produção e que podem ser apreciadas com a exatidão própria das ciências naturais e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, ou seja, as formas ideológicas em que os homens adquirem consciência desse conflito e lutam para resolvê-lo. Assim, ao mudar a base econômica, revoluciona-se, mais ou menos rapidamente, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela.
Como já foi dito, ironicamente Marx exalta a burguesia por ser ela a primeira a mostrar “que a atividade humana é capaz”. Mas esses avanços materiais que a burguesia proporcionou não interessam muito a Marx, “o que interessa realmente são os processos, os poderes, as expressões de vida humana e energia: homens no trabalho, movendo-se, cultivando, comunicando-se, organizando e reorganizando a natureza e a si mesmo – os novos e interminavelmente renovados meios da atividade que a burguesia traz à luz.” (BERMAN, pág 92). Porém tudo o mais que não é atraente para o mercado é reprimido de maneira drástica, ou se deteriora por falta de uso, ou nunca tem uma chance real de se manifestar e todos os avanços e progressos da burguesia parecem dotar de vida intelectual as forças materiais, estupidificando a vida humana frente à vida material. Chega-se a um momento que o homem não é mais senhor de suas forças produtivas - o crescente emprego de máquinas torna o operário um simples apêndice destas, que só requer dele a função mais simples, mais monótona, mais fácil de aprender, reduzindo com isso o custo do operário, tanto no prolongamento das horas de trabalho, tanto pelo aumento de trabalho exigido em um tempo determinado (para seguir a aceleração do ritmo das máquinas).
O “Manifesto Comunista” expressa algumas das mais profundas percepções da cultura modernista e, ao mesmo tempo, dramatiza algumas de suas mais profundas contradições internas. Partindo do método do materialismo histórico dialético, que determinaria a transformação do mundo em função das necessidades humanas de sobrevivência, Marx apresenta uma visão geral do que hoje é chamado o processo de modernização e descreve o cenário daquilo que acredita ser o seu clímax revolucionário. Temos aí, então, a emergência de um mercado mundial. À medida que se expande, absorve e destrói todos os mercados locais e regionais que toca.
A partir dessa exposição é possível identificar Marx como um pensador que, apesar de ter vivido no século XIX, teve uma visão bastante perspicaz de sua época e seu pensamento mostra-se bastante esclarecedor para entendermos a sociedade que nos cerca, imprimindo um caráter bastante atual ao seu discurso.
Marx concede à burguesia o caráter de classe revolucionária, pois esta transformou o modo de produção de troca que havia na sociedade feudal. Porém, a burguesia não aboliu os antagonismos de classes, apenas impôs novas condições de opressão e simplificou esses antagonismos, dividindo a sociedade cada vez mais em duas classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado. Por isso, as condições subjetivas proporcionam as idéias e a conscientização de classes. Esta conscientização é explicada pelas contradições da vida material, pelo conflito existente entre as forças produtivas sociais e as relações de produção. As relações burguesas de produção são as últimas formas antagônicas do processo social de produção – um antagonismo que provém das condições sociais de vida dos indivíduos. As forças produtivas, porém, que se desenvolvem no seio das sociedades burguesas, criam, ao mesmo tempo, as condições materiais para a solução desse antagonismo. No entanto, Marx não pode ser considerado um autor exclusivamente economicista.
Marx compartilha da visão de constantes mudanças, rupturas. A volta contra si mesmo que caracteriza a sociedade – tudo está impregnado de seu contrário. As mudanças materiais ocorridas nas condições econômicas de produção e que podem ser apreciadas com a exatidão própria das ciências naturais e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, ou seja, as formas ideológicas em que os homens adquirem consciência desse conflito e lutam para resolvê-lo. Assim, ao mudar a base econômica, revoluciona-se, mais ou menos rapidamente, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela.
Como já foi dito, ironicamente Marx exalta a burguesia por ser ela a primeira a mostrar “que a atividade humana é capaz”. Mas esses avanços materiais que a burguesia proporcionou não interessam muito a Marx, “o que interessa realmente são os processos, os poderes, as expressões de vida humana e energia: homens no trabalho, movendo-se, cultivando, comunicando-se, organizando e reorganizando a natureza e a si mesmo – os novos e interminavelmente renovados meios da atividade que a burguesia traz à luz.” (BERMAN, pág 92). Porém tudo o mais que não é atraente para o mercado é reprimido de maneira drástica, ou se deteriora por falta de uso, ou nunca tem uma chance real de se manifestar e todos os avanços e progressos da burguesia parecem dotar de vida intelectual as forças materiais, estupidificando a vida humana frente à vida material. Chega-se a um momento que o homem não é mais senhor de suas forças produtivas - o crescente emprego de máquinas torna o operário um simples apêndice destas, que só requer dele a função mais simples, mais monótona, mais fácil de aprender, reduzindo com isso o custo do operário, tanto no prolongamento das horas de trabalho, tanto pelo aumento de trabalho exigido em um tempo determinado (para seguir a aceleração do ritmo das máquinas).
O “Manifesto Comunista” expressa algumas das mais profundas percepções da cultura modernista e, ao mesmo tempo, dramatiza algumas de suas mais profundas contradições internas. Partindo do método do materialismo histórico dialético, que determinaria a transformação do mundo em função das necessidades humanas de sobrevivência, Marx apresenta uma visão geral do que hoje é chamado o processo de modernização e descreve o cenário daquilo que acredita ser o seu clímax revolucionário. Temos aí, então, a emergência de um mercado mundial. À medida que se expande, absorve e destrói todos os mercados locais e regionais que toca.
A partir dessa exposição é possível identificar Marx como um pensador que, apesar de ter vivido no século XIX, teve uma visão bastante perspicaz de sua época e seu pensamento mostra-se bastante esclarecedor para entendermos a sociedade que nos cerca, imprimindo um caráter bastante atual ao seu discurso.
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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Em busca da verdade perdida
Em certas ocasiões, quando todas as opressões do mundo contemporâneo parecem destituir de sentido toda a nossa existência, ficamos a nos perguntar se a razão da existência do homem, o seu destino, é ser um eterno prisioneiro de suas crenças, de suas convicções. Até que ponto essas convicções determinam e delimitam a experiência humana e criam axiomas irrefutáveis? Em que proporção essas crenças delimitam as nossas ações e decisões? Como o homem pode exercer, sem culpas, o seu livre-arbítrio (se é que o homem realmente detém este livre-arbítrio)? São estas e algumas outras questões pertinentes à vida para as quais o homem não encontra solução e são umas das principais fontes de angústia e sofrimento humano. Não temos a pretensão de resolver esses dilemas (quem nos dera!), mas recorreremos a alguns homens do passado que fizeram esta tentativa.
Inicialmente, recorreremos a Ortega y Gasset. Para ele, a vida humana constitui uma realidade radical, da qual todas as demais realidades, efetivas ou pressupostas, aparecem nela. Nossa vida, nós a vivemos porque fazemos coisas; somos obrigados a cumprir tarefas que são a razão de ser de nossa existência. Porém, estas tarefas nos são condicionadas por uma série de convicções sobre coisas e pessoas ao nosso redor. Podemos, então, escolher entre uma ação e outra e, assim, viver.
A nossa existência, portanto, é regida pelas nossas crenças; as nossas convicções são as bases de nossa experiência de vida. A esse conjunto de crenças, Ortega chama de “repertório”, por se constituírem em um emaranhado que não possui uma articulação lógica. São, às vezes, incongruentes, contraditórias ou desconexas. Diferem-se das idéias, que, ao serem pensadas, podem ser descartadas ou não. A crença é a idéia em que se acredita (e não pode ser descartada). Acreditar não é mais um mecanismo intelectual, mas uma função para orientar nossa conduta, nossas tarefas. (ORTEGA Y GASSET, s/d, pp. 27-28).
Então, o homem que se sente, como a mosca de Nietzsche, o centro do Universo, não passa de um burro de antolhos?
Segundo Sigmund Freud, o sofrimento do homem provém de três direções: primeiro, do próprio corpo, pela decadência e pela ansiedade; em seguida, do mundo externo, através de uma força de destruição esmagadora; e, finalmente, pelo seu relacionamento com os outros homens. A pressão externa fez com que o homem moderasse as suas reivindicações de prazer. Para que o homem pudesse viver em sociedade teve que abandonar seu extinto de agressividade e abrandar sua compulsão sexual. A possibilidade de vida comunitária entre os seres humanos teve, como pressuposto, um conceito duplo: primeiramente a compulsão para o trabalho, criada pela necessidade externa; em seguida vem o amor, que fez o homem relutar em privar-se de seu objeto sexual, a mulher; esta, por sua vez, precisou privar-se daquela parte de si própria que lhe fora separada, o filho. O amor, então, impõe restrições à civilização, querendo conservar seus membros juntos a si; ao mesmo tempo, a civilização impõe regras e proibições restritivas ao amor (uma dessas restrições seria a excitação visual em detrimento à excitação olfativa do desejo sexual). O argumento de Freud, portanto, seria de que, para sermos felizes, teríamos que abandonar a civilização. (FREUD, l978, p. 170).
Então, tentemos entender: o homem é regido por um conjunto de regras, às vezes desconexas, mas altamente hierarquizadas e estas mesmas regras, fundamentais para a sobrevivência do homem na sociedade, é que tornam fonte de sofrimento para este mesmo homem.
Estamos sempre a nos perguntar onde está a origem da felicidade. Como conhecer a essência da verdade, que nos proporcionaria o pleno prazer. Segundo Alexandre Koyré, essas perguntas foram feitas aos antigos sábios. Sócrates, por exemplo, fugia às respostas. O seu papel não era emitir opiniões ou formular teorias, mas examinar os outros homens. Platão conhecia a doutrina de Sócrates, porém, o modo de exposição desta doutrina não a tornou acessível a todos, não é difícil imaginarmos que Platão não desejasse esta acessibilidade. (KOYRÉ, 1963, p.15).
Para Platão, a ciência verdadeira é aquela que emana da alma, do seu próprio trabalho interior, onde estão as respostas. Para obtermos as respostas é preciso conhecer o que estamos procurando, pois como saberíamos que encontramos o que procuramos, se não soubéssemos o que realmente buscamos? (idem, p. 19). Na verdade, procuramos saber o que já sabemos, ou melhor, “procuramos recordar um saber esquecido (...). O saber e inato à alma” (idem, p. 20).
A ciência é a única coisa que pode ser ensinada. A virtude só pode ser ensinada se for ciência, caso contrário, é impossível. Deve ser por isso que os homens de Estado puderam governar as cidades com sucesso; porque possuíam a opinião verdadeira (virtude), no entanto foram incapazes de transmiti-la aos seus sucessores, talvez por não se tratar de ciência. (idem, p.24).
Devemos nos perguntar, então, o que entendemos como virtude. Para esta questão devemos usar o raciocínio correto e não o discurso persuasivo, a simples retórica. Devemos encarar a virtude como verdade, ou seja, alguma coisa a mais que o simples sucesso pessoal, conforme pensava Ménon (idem, p.25).
Procurar a verdade, tentar acordar n’alma a “recordação” do saber é uma tarefa extremamente difícil; implica esforço. Tem que se buscar a essência e não significações banais que possam redundar em simplificações de conceitos importantes como, por exemplo, a virtude. A virtude, como ciência que é, só pode ser ensinada para quem compreender a sua essência.
Compreender a essência da verdade, eis a questão pertinente a Platão. Em “A República”, os homens que estavam no interior da caverna só conseguiam ver as sombras, os contornos das coisas. Não havia, para eles, o dês-velamento. Este, causava-lhes dor e estranhamento. O deslumbramento os impedia de fixar os objetos cujas sombras viam outrora. (v. 515d).
Segundo esta concepção, todos os homens podem ter o domínio do saber. Nada escapa à humanidade, todas as imagens, todos os signos, todo o conhecimento, enfim, toda a verdade não passaria de recordação, do mesmo modo, segundo Salomão, “toda a novidade não passa de esquecimento”. (MANGUEL, s/d, p.27).
Nietzsche, no entanto, apesar de seguir uma linha de pensamento semelhante, não parece que concorde com essa “essência” que transcende as coisas. Segundo o filósofo alemão, e nos parece válida esta opinião, a verdade não passa de arbitrariedade. Recordemos suas palavras:
“O que é verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismo, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem, a um povo, sólidas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas.” (NIETZSCHE, s/d, p.56).
Temos, portanto, algumas proposições a respeito da “realidade do real” e da possibilidade do homem, através da busca da verdade, atingir o nirvana. A busca da perfeição e do pleno gozo, eis o ideal de vida da humanidade. Vimos, através deste pequeno ensaio, variados pontos de vista sobre o assunto; por mais que busquemos resposta para nossas indagações, no entanto, percebemos que estamos longe da compreensão e do entendimento que levaria tranqüilidade ao nosso espírito. Mas não desistamos da luta! Talvez pegando um pouco de cada ensinamento, pesando aqui e ali, e tentarmos extrair deles a sua substância, quem sabe reformulando todo o nosso conjunto de crenças e reformularmos o nosso ideal de vida, e possamos avançar um pouco nesse caminho. É extremamente difícil, não nos iludamos. O homem, cada vez mais, torna-se obcecado por transformações políticas e sociais ou por ascensão social, confunde felicidade com melhoria material; busca respostas através de doutrinações ideológicas, tanto de esquerda, quanto de direita; substitui a Fé pela Razão e vice-versa. Estamos longe de obtermos respostas, continuaremos por muito tempo perdidos e confusos nos nossos dilemas. Mas o que fazer? Fazem parte da própria natureza humana essas angústias. É isso que torna o homem um ser diferente de todas as demais espécies vivas do planeta.
Inicialmente, recorreremos a Ortega y Gasset. Para ele, a vida humana constitui uma realidade radical, da qual todas as demais realidades, efetivas ou pressupostas, aparecem nela. Nossa vida, nós a vivemos porque fazemos coisas; somos obrigados a cumprir tarefas que são a razão de ser de nossa existência. Porém, estas tarefas nos são condicionadas por uma série de convicções sobre coisas e pessoas ao nosso redor. Podemos, então, escolher entre uma ação e outra e, assim, viver.
A nossa existência, portanto, é regida pelas nossas crenças; as nossas convicções são as bases de nossa experiência de vida. A esse conjunto de crenças, Ortega chama de “repertório”, por se constituírem em um emaranhado que não possui uma articulação lógica. São, às vezes, incongruentes, contraditórias ou desconexas. Diferem-se das idéias, que, ao serem pensadas, podem ser descartadas ou não. A crença é a idéia em que se acredita (e não pode ser descartada). Acreditar não é mais um mecanismo intelectual, mas uma função para orientar nossa conduta, nossas tarefas. (ORTEGA Y GASSET, s/d, pp. 27-28).
Então, o homem que se sente, como a mosca de Nietzsche, o centro do Universo, não passa de um burro de antolhos?
Segundo Sigmund Freud, o sofrimento do homem provém de três direções: primeiro, do próprio corpo, pela decadência e pela ansiedade; em seguida, do mundo externo, através de uma força de destruição esmagadora; e, finalmente, pelo seu relacionamento com os outros homens. A pressão externa fez com que o homem moderasse as suas reivindicações de prazer. Para que o homem pudesse viver em sociedade teve que abandonar seu extinto de agressividade e abrandar sua compulsão sexual. A possibilidade de vida comunitária entre os seres humanos teve, como pressuposto, um conceito duplo: primeiramente a compulsão para o trabalho, criada pela necessidade externa; em seguida vem o amor, que fez o homem relutar em privar-se de seu objeto sexual, a mulher; esta, por sua vez, precisou privar-se daquela parte de si própria que lhe fora separada, o filho. O amor, então, impõe restrições à civilização, querendo conservar seus membros juntos a si; ao mesmo tempo, a civilização impõe regras e proibições restritivas ao amor (uma dessas restrições seria a excitação visual em detrimento à excitação olfativa do desejo sexual). O argumento de Freud, portanto, seria de que, para sermos felizes, teríamos que abandonar a civilização. (FREUD, l978, p. 170).
Então, tentemos entender: o homem é regido por um conjunto de regras, às vezes desconexas, mas altamente hierarquizadas e estas mesmas regras, fundamentais para a sobrevivência do homem na sociedade, é que tornam fonte de sofrimento para este mesmo homem.
Estamos sempre a nos perguntar onde está a origem da felicidade. Como conhecer a essência da verdade, que nos proporcionaria o pleno prazer. Segundo Alexandre Koyré, essas perguntas foram feitas aos antigos sábios. Sócrates, por exemplo, fugia às respostas. O seu papel não era emitir opiniões ou formular teorias, mas examinar os outros homens. Platão conhecia a doutrina de Sócrates, porém, o modo de exposição desta doutrina não a tornou acessível a todos, não é difícil imaginarmos que Platão não desejasse esta acessibilidade. (KOYRÉ, 1963, p.15).
Para Platão, a ciência verdadeira é aquela que emana da alma, do seu próprio trabalho interior, onde estão as respostas. Para obtermos as respostas é preciso conhecer o que estamos procurando, pois como saberíamos que encontramos o que procuramos, se não soubéssemos o que realmente buscamos? (idem, p. 19). Na verdade, procuramos saber o que já sabemos, ou melhor, “procuramos recordar um saber esquecido (...). O saber e inato à alma” (idem, p. 20).
A ciência é a única coisa que pode ser ensinada. A virtude só pode ser ensinada se for ciência, caso contrário, é impossível. Deve ser por isso que os homens de Estado puderam governar as cidades com sucesso; porque possuíam a opinião verdadeira (virtude), no entanto foram incapazes de transmiti-la aos seus sucessores, talvez por não se tratar de ciência. (idem, p.24).
Devemos nos perguntar, então, o que entendemos como virtude. Para esta questão devemos usar o raciocínio correto e não o discurso persuasivo, a simples retórica. Devemos encarar a virtude como verdade, ou seja, alguma coisa a mais que o simples sucesso pessoal, conforme pensava Ménon (idem, p.25).
Procurar a verdade, tentar acordar n’alma a “recordação” do saber é uma tarefa extremamente difícil; implica esforço. Tem que se buscar a essência e não significações banais que possam redundar em simplificações de conceitos importantes como, por exemplo, a virtude. A virtude, como ciência que é, só pode ser ensinada para quem compreender a sua essência.
Compreender a essência da verdade, eis a questão pertinente a Platão. Em “A República”, os homens que estavam no interior da caverna só conseguiam ver as sombras, os contornos das coisas. Não havia, para eles, o dês-velamento. Este, causava-lhes dor e estranhamento. O deslumbramento os impedia de fixar os objetos cujas sombras viam outrora. (v. 515d).
Segundo esta concepção, todos os homens podem ter o domínio do saber. Nada escapa à humanidade, todas as imagens, todos os signos, todo o conhecimento, enfim, toda a verdade não passaria de recordação, do mesmo modo, segundo Salomão, “toda a novidade não passa de esquecimento”. (MANGUEL, s/d, p.27).
Nietzsche, no entanto, apesar de seguir uma linha de pensamento semelhante, não parece que concorde com essa “essência” que transcende as coisas. Segundo o filósofo alemão, e nos parece válida esta opinião, a verdade não passa de arbitrariedade. Recordemos suas palavras:
“O que é verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismo, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem, a um povo, sólidas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas.” (NIETZSCHE, s/d, p.56).
Temos, portanto, algumas proposições a respeito da “realidade do real” e da possibilidade do homem, através da busca da verdade, atingir o nirvana. A busca da perfeição e do pleno gozo, eis o ideal de vida da humanidade. Vimos, através deste pequeno ensaio, variados pontos de vista sobre o assunto; por mais que busquemos resposta para nossas indagações, no entanto, percebemos que estamos longe da compreensão e do entendimento que levaria tranqüilidade ao nosso espírito. Mas não desistamos da luta! Talvez pegando um pouco de cada ensinamento, pesando aqui e ali, e tentarmos extrair deles a sua substância, quem sabe reformulando todo o nosso conjunto de crenças e reformularmos o nosso ideal de vida, e possamos avançar um pouco nesse caminho. É extremamente difícil, não nos iludamos. O homem, cada vez mais, torna-se obcecado por transformações políticas e sociais ou por ascensão social, confunde felicidade com melhoria material; busca respostas através de doutrinações ideológicas, tanto de esquerda, quanto de direita; substitui a Fé pela Razão e vice-versa. Estamos longe de obtermos respostas, continuaremos por muito tempo perdidos e confusos nos nossos dilemas. Mas o que fazer? Fazem parte da própria natureza humana essas angústias. É isso que torna o homem um ser diferente de todas as demais espécies vivas do planeta.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Grandes Pensadores - MAQUIAVEL
Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um dos maiores pensadores do seu tempo. Maldito para uns, precioso conselheiro para outros, Maquiavel discorreu sobre seu tempo de uma maneira tão espetacular que até hoje esse autor é comentado, tanto nas rodas acadêmicas, quanto nas discussões mais cotidianas, e o termo maquiavélico tornou-se sinônimo de habilidade na política, tanto no bom quanto no mal sentido.
Maquiavel via a história como uma privilegiada fonte de ensinamentos, ou seja, um desfile de fatos dos quais se devem extrair as causas e os meios utilizados para enfrentar o caos resultante da natureza humana. Porém, o problema central de sua análise política é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos, e, ao tentar resolver esta questão, Maquiavel rompe com a idéia de uma ordem natural e eterna na política. Para ele, a ordem deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie. Uma vez alcançada essa ordem, ela deve ser mantida, pois há sempre em seu germe uma ameaça para que ela seja desfeita.
Para Maquiavel, o ser humano possui traços imutáveis (ingratidão, covardia, dissimulação, avidez por lucro) e o conflito e anarquia são desdobramentos necessários de suas paixões e instintos malévolos. O poder político pode aparecer como única possibilidade de enfrentar o conflito é a malignidade intrínseca à natureza humana. Essa natureza se manifesta também no agir virtuoso do príncipe, quando ele percebe a hora de se comportar como homem ou como animal, mostrando sua virilidade para dominar a fortuna.
A concepção da problemática política em Maquiavel é encontrar mecanismo que imponham a estabilidade das relações, que sustentam uma correlação de forças, pois, “o povo não deseja ser dominado e oprimido pelos grandes, mas, em contrapartida, os grandes desejam dominar e oprimir o povo.” Ele sugere duas respostas à anarquia decorrente da natureza humana: o principado e a república. A escolha depende de situações concretas: quando a estabilidade está ameaçada faz-se necessário a adoção do principado; quando a ordem está estabelecida a república basta. A prática política era a prática do homem livre de freios extraterrenos, do homem sujeito da história. Esta prática exige virtù, o domínio sobre a fortuna. Esta, na Antiguidade, era considerada uma deusa boa, uma aliada em potencial cuja simpatia era importante atrair. Para atraí-la precisava de bastante virilidade e inquestionável coragem. Virtù em alto grau.
Com o triunfo do cristianismo a boa deusa foi substituída por um “poder cego”, imbatível, fechado a qualquer influência; daí a fatalidade do destino humano. Mas Maquiavel reserva ao livre-arbítrio o domínio de metade das ações humanas; é a possibilidade da virtù conquistar a fortuna. A liberdade do homem é capaz de amortecer o suposto poder incontestável da fortuna, pois esta deseja ser seduzida e está sempre pronta para entregar-se aos homens bravos, corajosos – aqueles que demonstram virtù. A força explica o fundamento do poder, mas é a posse da virtù a chave do sucesso. Sucesso esse que significa a manutenção da conquista do poder. A sabedoria de agir conforme as circunstâncias é a maior qualidade do príncipe que deseja se manter no poder. Para isso a imagem é muitíssimo importante, pois o príncipe deve pelo menos aparentar possuir as qualidades valorizadas pelos governados.
A política tem uma ética e uma lógica próprias que não se enquadra no tradicional moralismo piedoso. A adoção dos modelos clássicos da Renascença trouxe para o primeiro plano o interesse pela história secular, em contraste com a história sagrada que dominava o pensamento medieval.
A preocupação constante de Maquiavel é com o Estado. Não o Estado idealizado, que nunca existiu, mas o Estado real. Nesse sentido sua visão aproxima-se dos preceitos da humanidade, pois seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Sua regra metodológica é descobrir a verdade efetiva das coisas. A preocupação central de sua análise é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver essa questão provoca uma ruptura com o saber repetido pelos séculos. Embora a concepção cíclica da história, ou seja, o movimento da história como o de uma roda que volta sempre a origem, Maquiavel acreditava que os novos tempos de fato representavam um rompimento revolucionário com a estagnação da Idade Média, mas esta revolução foi concebida de acordo com o modelo dos antigos. O que estava por vir não era algo novo e diferente, mas o passado reformado, renascido.
Maquiavel via a história como uma privilegiada fonte de ensinamentos, ou seja, um desfile de fatos dos quais se devem extrair as causas e os meios utilizados para enfrentar o caos resultante da natureza humana. Porém, o problema central de sua análise política é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos, e, ao tentar resolver esta questão, Maquiavel rompe com a idéia de uma ordem natural e eterna na política. Para ele, a ordem deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie. Uma vez alcançada essa ordem, ela deve ser mantida, pois há sempre em seu germe uma ameaça para que ela seja desfeita.
Para Maquiavel, o ser humano possui traços imutáveis (ingratidão, covardia, dissimulação, avidez por lucro) e o conflito e anarquia são desdobramentos necessários de suas paixões e instintos malévolos. O poder político pode aparecer como única possibilidade de enfrentar o conflito é a malignidade intrínseca à natureza humana. Essa natureza se manifesta também no agir virtuoso do príncipe, quando ele percebe a hora de se comportar como homem ou como animal, mostrando sua virilidade para dominar a fortuna.
A concepção da problemática política em Maquiavel é encontrar mecanismo que imponham a estabilidade das relações, que sustentam uma correlação de forças, pois, “o povo não deseja ser dominado e oprimido pelos grandes, mas, em contrapartida, os grandes desejam dominar e oprimir o povo.” Ele sugere duas respostas à anarquia decorrente da natureza humana: o principado e a república. A escolha depende de situações concretas: quando a estabilidade está ameaçada faz-se necessário a adoção do principado; quando a ordem está estabelecida a república basta. A prática política era a prática do homem livre de freios extraterrenos, do homem sujeito da história. Esta prática exige virtù, o domínio sobre a fortuna. Esta, na Antiguidade, era considerada uma deusa boa, uma aliada em potencial cuja simpatia era importante atrair. Para atraí-la precisava de bastante virilidade e inquestionável coragem. Virtù em alto grau.
Com o triunfo do cristianismo a boa deusa foi substituída por um “poder cego”, imbatível, fechado a qualquer influência; daí a fatalidade do destino humano. Mas Maquiavel reserva ao livre-arbítrio o domínio de metade das ações humanas; é a possibilidade da virtù conquistar a fortuna. A liberdade do homem é capaz de amortecer o suposto poder incontestável da fortuna, pois esta deseja ser seduzida e está sempre pronta para entregar-se aos homens bravos, corajosos – aqueles que demonstram virtù. A força explica o fundamento do poder, mas é a posse da virtù a chave do sucesso. Sucesso esse que significa a manutenção da conquista do poder. A sabedoria de agir conforme as circunstâncias é a maior qualidade do príncipe que deseja se manter no poder. Para isso a imagem é muitíssimo importante, pois o príncipe deve pelo menos aparentar possuir as qualidades valorizadas pelos governados.
A política tem uma ética e uma lógica próprias que não se enquadra no tradicional moralismo piedoso. A adoção dos modelos clássicos da Renascença trouxe para o primeiro plano o interesse pela história secular, em contraste com a história sagrada que dominava o pensamento medieval.
A preocupação constante de Maquiavel é com o Estado. Não o Estado idealizado, que nunca existiu, mas o Estado real. Nesse sentido sua visão aproxima-se dos preceitos da humanidade, pois seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Sua regra metodológica é descobrir a verdade efetiva das coisas. A preocupação central de sua análise é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver essa questão provoca uma ruptura com o saber repetido pelos séculos. Embora a concepção cíclica da história, ou seja, o movimento da história como o de uma roda que volta sempre a origem, Maquiavel acreditava que os novos tempos de fato representavam um rompimento revolucionário com a estagnação da Idade Média, mas esta revolução foi concebida de acordo com o modelo dos antigos. O que estava por vir não era algo novo e diferente, mas o passado reformado, renascido.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Cosmogonia cristã, releitura do paganismo.
O cristianismo se constitui por meio de apropriações das genealogias e das estruturas religiosas das civilizações da Antiguidade e das tradições pagãs. Ao longo de seu advento no tempo e no espaço, o cristianismo legitimou-se aproveitando as estruturas religiosas pré-existentes, relendo e reinterpretando os mitos e as mitologias, alterando seus significados e negando-lhes certos aspectos com o objetivo de reiterar seus dogmas e preceitos. Muito da cosmogonia cristã pode ser encontrada em diversas tradições pagãs. As histórias bíblicas são reinvenções de mitos e histórias pagãs que se perderam no tempo. Rituais como missa, culto a santidades, procissões e festas são recriações de cerimônias e rituais de cultos aos deuses pagãos. Desse modo, quando comemoramos datas como Natal, Folia de Reis, Carnaval ou Páscoa, podemos estar resignificando para nosso conforto espiritual rituais de religiões tão obscuras que já se perderam suas origens e achar que estamos perpetuando as tradições original e legitimamente cristãs.
Hoje é dia dos Santos Reis
Folia de Reis
As origens da Festa dos Reis ou Folia dos Reis remetem à época medieval. Em Portugal, esta festa é tradicionalmente comemorada em Beiras e arredores apresentando procissões de homens que cantam em louvor do Espírito Santo. A tradição ibérica foi transplantada para o Brasil já como os primeiros colonos e lideranças lusitanas nos primeiros tempos do Brasil Colonial. Em certas regiões, inclusive em vários municipios do interior fluminense e mesmo no Grande Rio (como nos subúrbios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São Gonçalo), a festa é praticada das maneiras mais diversificadas incluindo procissões, cantorias, disputas esportivas, chacotas, foguedos, folias, etc, etc.
Confesso que não conheço a festa de perto, só através da televisão e mídias afins. Nunca participei ou assisti a uma folia desse tipo e parece-me algo longíquo, perdido na memória do tempo. Mas vejo que é bem atual, praticado ainda com muita significação em diversas regiões. Essa minha ignorância talvez seja fruto de uma falta de interesse em acompanhar os ritos católicos devido a uma, digamos, incompatibilidade histórica-política-ideológica-filosófica a qual me provoca uma certa aversão a tudo que cheire a Roma, ou melhor, ao Vaticano.
No entanto, mesmo so conhecendo a festa pela literatura cristã e pela mídia (idem), reconheço que certas manifestações dos ritos e reproduções dos mitos através das artes e representações miméticas são bastante curiosos, antropologicamente falando.
A tradição dos Reis Magos tem origens remotas na Antiguidade e confunde-se com o mito do Espírito Santo, demonstrando uma interação entre o cristianismo e os mitos pagãos.
No Brasil a folia praticada em diversas regiões recriam as tradições ibéricas apresentando grupos de homens vestidos sobretudo de branco, embora predominem diversas outras cores vibrantes, que saem de casa em casa pedindo esmolas para as festas do Espírito Santo ou dos Reis, cantando e dançando ao som de violões, cavaquinhos, pandeiros, pistons e tantãs. Na Bahia, o dia de Reis é festejado ao som dos tambores, das palmas e dos choques de bastonetes do maculelê, dança que lembra a resistência escrava no interior baiano.
As origens da Festa dos Reis ou Folia dos Reis remetem à época medieval. Em Portugal, esta festa é tradicionalmente comemorada em Beiras e arredores apresentando procissões de homens que cantam em louvor do Espírito Santo. A tradição ibérica foi transplantada para o Brasil já como os primeiros colonos e lideranças lusitanas nos primeiros tempos do Brasil Colonial. Em certas regiões, inclusive em vários municipios do interior fluminense e mesmo no Grande Rio (como nos subúrbios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São Gonçalo), a festa é praticada das maneiras mais diversificadas incluindo procissões, cantorias, disputas esportivas, chacotas, foguedos, folias, etc, etc.
Confesso que não conheço a festa de perto, só através da televisão e mídias afins. Nunca participei ou assisti a uma folia desse tipo e parece-me algo longíquo, perdido na memória do tempo. Mas vejo que é bem atual, praticado ainda com muita significação em diversas regiões. Essa minha ignorância talvez seja fruto de uma falta de interesse em acompanhar os ritos católicos devido a uma, digamos, incompatibilidade histórica-política-ideológica-filosófica a qual me provoca uma certa aversão a tudo que cheire a Roma, ou melhor, ao Vaticano.
No entanto, mesmo so conhecendo a festa pela literatura cristã e pela mídia (idem), reconheço que certas manifestações dos ritos e reproduções dos mitos através das artes e representações miméticas são bastante curiosos, antropologicamente falando.
A tradição dos Reis Magos tem origens remotas na Antiguidade e confunde-se com o mito do Espírito Santo, demonstrando uma interação entre o cristianismo e os mitos pagãos.
No Brasil a folia praticada em diversas regiões recriam as tradições ibéricas apresentando grupos de homens vestidos sobretudo de branco, embora predominem diversas outras cores vibrantes, que saem de casa em casa pedindo esmolas para as festas do Espírito Santo ou dos Reis, cantando e dançando ao som de violões, cavaquinhos, pandeiros, pistons e tantãs. Na Bahia, o dia de Reis é festejado ao som dos tambores, das palmas e dos choques de bastonetes do maculelê, dança que lembra a resistência escrava no interior baiano.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Ano Novo...
Ano novo, vida nova, novas esperanças... blá, blá, blá... quantas bobagens! O tempo urge e passa, as coisas não mudam e se repetem. Alguém se esqueceu de avisar aos israelenses que estamos no final do ano, época de natal e confraternização universal. Eles não titubearam nem um pouco em invadir novamente a Faixa de Gaza. Vermes!!!
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