ROMANCE, de Guel Arraes.
Confesso que não assisti "Romance" e, provavelmente, não devo ser feliz no comentário que farei a seguir, mas insisto em fazê-lo. Sempre gostei de cinema nacional. Sempre me disseram que era mal feito e tecnicamente precário e tal, mas eu sempre ficava entusiasmado em ver a "cara do Brasil" no cinema. E isso não era só filmes com temáticas puramente sociais mas também nas comédias mais despretenciosas. No entanto, nos últimos anos, quando o cinema nacional entrou no esquema de grandes e regulares produções, sinto que algo se perdeu. Reitero, devo estar errado! Porém, essas produções muito certinhas com atores globais (atores de novela que você está cansado de ver todo dia na telinha) me cansa e não me causam muita expectativa. Claro, tem coisas surpreendentes, mas a maioria dessas produções, quando não fala da violência das classes marginais e da miséria folclórica nordestina, são comédias de costumes totalmente dispensáveis. Guel Arraes é um desses realizadores que bebiam no filão do realismo fantástico tupiniquim. Talvez esse filme seja algo relevante feito por este sujeito, pois os anteriores ("O alto da Compadecida", etc) não passavam de bobagem. O monopólio dos atores globais na maioria das produções é outro ponto negativo. Eu gostaria de ver mais caras novas no cinema.
Bem, repito, talvez o problema seja comigo e não com as novas produções nacionais.
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