Tendo como lema em seu brasão episcopal In obsequio Jesu Christi (A serviço de Jesus Cristo), esse atordoado ser, representante desse “Conto da Carochinha” que é o cristianismo, resolveu “punir” com a excomunhão (pena eclesiástica que exclui crédulos do gozo da totalidade dos bens espirituais) todos os envolvidos com o aborto levado a efeito na menina de nove anos, 1,37 m de altura e 33 quilos, que estava grávida de gêmeos após estupros contínuos por parte do próprio padrasto. Estão condenados, por ordem dessa aberração cromossômica que ocupa o posto deixado pelo inesquecível Dom Hélder Câmara, os advogados, juízes, familiares da criança e equipe médica que viabilizaram esse aborto em tempo recorde, impossibilitando a ação funesta desse psicopata. Psicopata, sim! Não acredito que alguém que é obrigado a abdicar das delícias do sexo por toda a vida tenha algum grau de normalidade. Mesmo que se, em vez de resignar-se com essa castração compulsória, houver optado por aderir à prática comum aos conventos, sacristias e seminários, onde rola o maior auê quando as luzes são apagadas. A prova das alucinações intelectuais que a falta de sexo ou seu uso com imenso sentimento de culpa é capaz de provocar em quem se relaciona assim com esse prazer, é que, esse representante do Vaticano aqui em Pernambuco, absolveu da excomunhão o padrasto das crianças abusadas. No plural sim, já que, há mais de quatro anos, abusava também de uma irmã da grávida, que tem sérios problemas mentais.
Ainda bem que a autoridade moral desse suposto donzelo não vai além do seu próprio quarto de dormir, senão teríamos que assistir a essa criança de apenas nove anos, gerar em seu frágil corpo, dois embriões que, no seu impúbere útero, foram assentados por quem lhe devia abrigo.
Essa anomalia que perambula arrastando sapatos lilás pela nave central das igrejas católicas pernambucanas, e exibindo ameaçadoramente imenso crucifixo pendente sobre o peito, bem que tentou amedrontar familiares da pequena e indefesa criança, mas, o Ministério Público, o Judiciário e a Junta Médica não lhe deram tempo de usar sua arma preferida: a palavra mentirosa e mórbida desferida contra pessoas intelectualmente desprevenidas.
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